Práticas pedagógicas e inclusão escolar: o processo de ensino-aprendizagem de alunas com deficiência intelectual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Monteiro, Mirela Granja Vidal
Orientador(a): Martins, Lúcia de Araújo Ramos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21074
Resumo: Esta investigação teve como objetivo conhecer e analisar as práticas pedagógicas que vêm sendo desenvolvidas no processo de ensino-aprendizagem de alunas com Deficiência Intelectual (DI), matriculadas em classe comum do Ensino Fundamental I. O estudo foi realizado em uma escola municipal de Natal/RN, envolvendo duas educandas com DI, uma professora polivalente, uma professora auxiliar, uma professora de artes e uma coordenadora pedagógica. Quanto à escolha metodológica, optamos por desenvolver uma pesquisa do tipo qualitativa, empreendendo um Estudo de Caso. Como instrumentos para a construção dos dados, utilizamos: entrevista semiestruturada, observação participante, diário de campo e análise documental. A análise dos dados revela que a instituição na qual empreendemos a pesquisa estava, gradativamente, implementando mudanças com vistas a desenvolver uma prática inclusiva, coerente com seus pressupostos. Em relação às práticas desenvolvidas no processo de ensino-aprendizagem das alunas com deficiência intelectual, foi possível perceber a realização de algumas adaptações no que se refere aos objetivos, às atividades e a alguns conteúdos, envolvendo a utilização de recursos e estratégias variadas. Em relação às atividades pedagógicas, constatamos que estas possuíam diferentes níveis de complexidade, abrangendo tanto objetivos elementares como objetivos mais complexos. A partir das observações, percebemos que as mediações da professora auxiliar durante as atividades variaram enquanto ferramenta desafiadora nos processos intelectuais. Constatamos, também, uma dinâmica de sala de aula na qual as alunas com deficiência ficavam sob a orientação da professora auxiliar, e os demais alunos com a professora polivalente, que apresentava uma metodologia de ensino bastante tradicional. Criou-se, assim, uma situação de isolamento, visto que não havia a proposição de práticas a serem desenvolvidas com todos os alunos, sendo a interação entre os colegas da turma, em geral, bastante restrita. Embora tenham sido evidenciadas evoluções nas aprendizagens sociais e acadêmicas das alunas pesquisadas, as educadoras afirmaram que não se sentiam preparadas para o trabalho frete à inclusão. O estudo revela a necessidade dos docentes reverem algumas ações empreendidas, com vistas a desenvolver práticas pedagógicas mais democráticas de ensino, estimulando as interações entre os alunos, mediante a proposta de atividades desafiadoras, que promovam a formação e conceitos. Além disso, aponta para necessidade do sistema de ensino investir e incentivar a qualificação dos docentes, no tocante à educação numa perspectiva inclusiva, através de ações que promovam uma formação contínua. É necessário que seja desenvolvido no professor uma atitude reflexiva, resultando numa visão de que os processos investigativos devem ser inseridos na prática inerente à docência, de maneira a serem utilizados para aprimorar a sua vivência pedagógica.