Eu vou falar pra dendê tem homem e tem mulher: o feminismo angoleiro e as mudanças na tradição

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pinheiro, Camila Maria Gomes
Orientador(a): Cavignac, Julie Antoinette
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27070
Resumo: A pesquisa busca analisar a participação das mulheres nos espaços de liderança na capoeira angola e o seu impacto nas rodas de capoeira. Para analisar esse cenário político, a investigação centra-se no grupo Nzinga de Capoeira Angola, fundado pela mestra Janja na cidade de SalvadorBA. Pioneiro no debate sobre o lugar da mulher na capoeira, o grupo apresenta duas mulheres na liderança, o que o diferencia da grande maioria dos grupos no Brasil. O fenômeno foi observado durante os encontros de mulheres capoeiristas e foi realizada uma pesquisa de campo entre os anos de 2014 a 2018, acompanhando as atividades do grupo Nzinga, em particular a festa de Iemanjá e o “Chamada de Mulher” na cidade de Salvador-BA. A partir da análise da trajetória do grupo foi realizada uma reflexão sobre a construção do feminismo angoleiro como um fenômeno recente na história da capoeira. Procurou-se identificar a disseminação de uma ginga feminista, o desenvolvimento de novas formas de contestação e de denúncia relacionadas a desigualdades de gênero presentes na capoeira. As estratégias para enfrentar as resistências das mulheres num universo masculino tornou a capoeira uma arma política e uma potente ferramenta para o empoderamento das mulheres.