Corpo-comunicação: um estudo sobre a ginga feminista angoleira
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17244 |
Resumo: | Esta tese situa o corpo no contexto da comunicação sob o prisma do feminismo decolonial. A partir da articulação de mulheres capoeiristas angoleiras, a tese se baseia no corpo-comunicação para refletir diversas questões no âmbito teórico-acadêmico e prático-ativista. Discute-se as relações assimétricas de gênero e raça, dispostas a abraçar os saberes do corpo em jogo, à medida em que se pensa a comunicação pelo prisma da decolonialidade. Ao acionar a Capoeira Angola como prática educativa, recorre-se à epistemologia da ginga na produção e construção do conhecimento. A comunicação acionada se estrutura em modelos horizontais e territorializados, refletido nas teorias latino-americanas. Ela vai além da compreensão colonialista e propõe uma comunicação transformadora, politicamente engajada. A capoeira, desde sua criação, passou de prática marginalizada a esporte brasileiro difundido internacionalmente, presente hoje em mais de 160 países. Nesse processo, a luta das mulheres por autonomia, espaço e respeito no interior da capoeiragem aponta na direção de mudanças transformadoras, com o reconhecimento de lideranças e uma maior organização destas. Para ler esta realidade, a tese aciona duas unidades: a trajetória de vida de duas Mestras da Capoeira Angola que fundaram seus grupos independentes – Mestra Elma e Mestra Cristina –; e a trajetória do evento Chamada de Mulher, do Grupo Nzinga de Capoeira Angola, como um movimento fundamental para a difusão do feminismo angoleiro, conceito pautado em ações práticas de organização e gestão social do conhecimento, que tem contribuído para a construção de novas representações da mulher na capoeira e mudanças no imaginário social-midiático. A comunicação transformadora entendida nesta tese contribui para a ampliação do debate na universidade e para a formação de uma sociedade plural, democrática e comprometida no combate ao racismo, ao sexismo e a toda forma de desigualdade. |