Crítica feminista negra da representação: Um estudo sobre auto-inscrição de corpos encapoeirados em práticas artísticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Luísa Gabriela lattes
Orientador(a): Araújo, Rosângela Janja Costa lattes
Banca de defesa: Araújo, Rosângela Janja Costa lattes, Rosa, Laila Andresa Cavalcante lattes, Ferreira, Elizia Cristina lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36744
Resumo: Este é um estudo sobre auto-inscrição de mulheres negras na cultura brasileira, a partir das produções artísticas de mulheres angoleiras, praticantes de Capoeira Angola. Quando investigamos questões sobre representação e auto-representação de mulheres negras na sociedade brasileira encontramos uma crítica feminista negra da representação. Trata-se da exposição dos problemas frente à representação e representatividade de mulheres negras na cultura. O racismo, branquitude e machismo são “naturalmente” aceitos nas narrativas da criação (no ato de inventar o mundo e a nós mesmas) determinando o direito (ou a ausência do direto) à vida. Nosso campo de estudo foca na produção de angoleiras, negras, em Salvador/BA, que desenvolvem práticas artísticas em outras linguagens, tendo a Capoeira Angola, arte de resistência negra, como inspiração para suas criações. O conceito de “corpo encapoeirado” é desenvolvido pela artista e pesquisadora negra, Nildes Sena (2015) que compartilha conhecimentos sobre corpos que têm inscritos em si a Capoeira Angola e que resistem às estruturas vigentes. Sua produção provoca diferentes diálogos sobre corpos negros. Lélia Gonzalez (1984), Sueli Carneiro (2002), Aparecida Bento (2002), Conceição Evaristo (2005; 2007) Grada Kilomba (2016) e Janja Araújo (1999a; 1999b; 2017) também nos inspiram ao expôr narrativas artísticas/intelectuais que impõem silenciamentos, estereótipos e imagens de desprestígio às mulheres negras na cultura.