Contando nos dedos: aprendizagem e desenvolvimento numérico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cunha, Élison Rixadson Araújo
Orientador(a): Pires, Izabel Augusta Hazin
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28394
Resumo: O objetivo do presente estudo foi investigar a eficácia de um programa de estimulação de contagem com o uso dos dedos para o desenvolvimento de habilidades matemáticas. Para tanto, foram realizados dois estudos diretamente articulados entre si. No primeiro, buscou-se identificar o padrão canônico de contagem nos dedos da cidade de Natal/RN. Participaram do estudo 100 estudantes universitários, sendo 50 mulheres, nascidos e residentes na cidade, que realizaram duas tarefas, a saber, de lateralidade e de ordinalidade. Os resultados apontaram a existência de padrão canônico de contagem com os dedos em Natal/RN. Por sua vez, o segundo estudo investigou a eficácia do programa de estimulação do uso dos dedos na contagem sobre o desenvolvimento de habilidades matemáticas. Trata-se de estudo de caráter quase experimental, de cunho longitudinal prospectivo e interventivo, predominante quantitativo. A amostra foi constituída por 40 crianças (entre 6 e 7 anos de idade), de ambos os sexos, estudantes de duas turmas do primeiro ano do ensino fundamental I de uma escola pública da cidade de Natal-RN. Uma turma (grupo experimental) foi submetida ao programa de estimulação da contagem com o uso dos dedos, com duração de 18 semanas. A segunda turma (grupo controle) realizou as atividades previstas pela escola. As habilidades cognitivas gerais, somatossensoriais e matemáticas, de ambas as turmas, foram avaliadas no início e final das 18 semanas. Não houve diferença significativa entre as duas turmas na avaliação do pré-teste. Porém, no pós-teste foram identificadas diferenças significativas entre as turmas, a favor da turma experimental, nas habilidades de adição, gnosia digital, magnitude e representação numéricas. Tais resultados atestam a eficácia do programa e podem subsidiar intervenções e políticas públicas que minimizem as dificuldades em matemática identificadas nas crianças brasileiras em instrumentos de avaliação nacionais e internacionais.