Correlação entre índices radiomorfométricos da mandíbula e parâmetros bioquímicos em pacientes com doença renal crônica e hiperparatireoidismo secundário severo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Queiroz, Stênio Medeiros
Orientador(a): Galvão, Hebel Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26766
Resumo: O objetivo foi correlacionar índices radiomorfométricos com análises bioquímicas, como método auxiliar na avaliação óssea de 66 pacientes com doença renal crônica e desordem mineral óssea (DRC-DMO) e Hiperparatireoidismo Secundário (HPTS) grave, comparados com 132 pacientes controles que não apresentem doença renal crônica (DRC) em condições periodontais similares. Nove índices radiomorfométricos foram usados para se avaliar a quantidade (sete índices) e qualidade (dois índices) óssea, e quatro parâmetros bioquímicos obtidos: índice mentual (IM), altura do forame mentual (AFM), altura total mandibular (ATM), índice mandibular panorâmico (IPM), altura original da mandíbula (AOM), grau de reabsorção do osso alveolar (GROA), distância do forame mentual à crista alveolar óssea (FM-CAO), índice cortical mandibular (ICM), padrão ósseo trabecular, hormônio paratireoideano (PTH), cálcio (Ca), fósforo (P) e o produto Ca x P (Ca x P). Para a concordância inter e intraobservador nas variáveis qualitativas (ICM e padrão do osso mandibular) utilizou-se o índice kappa e o coeficiente de correlação intraclasse para as variáveis quantitativas (IM, AFM, ATM, IPM, AOM, ROA e FMCAO). Para a verificação da normalidade dos dados foi usado o teste de Kolmogorov-Smirnov. O teste não paramétrico U de Mann-Whitney foi utilizado para se avaliar duas amostras independentes, o teste do qui-quadrado para análise das variáveis qualitativas e a correlação de Spearman para análise das variáveis quantitativas. Os testes foram aplicados a um nível de significância de 95%. Houve correlação moderada negativa e significante entre IM, IPM e PTH (r = -0.55; p = < 0.01 e r = -0.47; p = 0.01, respectivamente), em pacientes do sexo feminino com DMO-DRC, assim como entre ATM, FM-CAO e Ca x P (r = -0.38; p = 0.01 e r = - 0.41; p = 0.04, respectivamente). O ICM e padrão trabecular ósseo indicaram alteração na qualidade óssea em pacientes do gênero masculino com DRC-DMO (p = < 0.01). Em 50% e 47,37% dos homens mostraram as classificações C3 e esparso com aparência de vidro fosco (respectivamente), enquanto que nas mulheres 39,29% e 37,45% (respectivamente). A avaliação radiomorfométrica correlacionada com parâmetros bioquímicos foi um método auxiliar e não invasivo para detectar possíveis alterações no córtex e no trabeculado ósseo mandibular em pacientes do sexo masculino e feminino portadores de DRC-DMO. De acordo com os resultados desse estudo, concluimos que as associações significativas entre os índices IM e PTH, IPM e PTH, ATM e Ca x P e FM-COA e Ca x P ocorreram predominantemente em mulheres, enquanto os índices ICM e padrão trabecular ósseo em pacientes com DRC-DMO ocorreram preferencialmente em homens, podendo assim os índices radiomorfométricos serem utilizados como estratégias auxiliares no diagnóstico e tratamento da DRC-DMO. O cirurgião-dentista, enquanto integrante da equipe multidisciplinar responsável pelo tratamento e reestabelecimento dos pacientes com DRC, que possam ou não vir a se submeter ao transplante renal necessita de conhecimento cada vez mais atualizado garantindo o acompanhamento a esses indivíduos, durante longos períodos de tempo, principalmente para se detectar, prevenir ou diminuir a ocorrência de manifestações clínico-radiográficas orais decorrentes da DRC-DMO.