Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Mayara Wenice Alves de |
Orientador(a): |
Yamamoto, Maria Emilia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19607
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Resumo: |
Os comportamentos pró-sociais são vistos diariamente na nossa vida, frequentemente presenciamos pessoas dando esmolas, ajudando um vizinho a fazer uma mudança, doando sangue, cuidando dos filhos de um amigo, entre outros. Em uma perspectiva evolucionista, provavelmente esses comportamentos se fazem presentes pelo seu alto valor adaptativo para nossa espécie, justamente pela dependência que temos da vida em grupo para nossa sobrevivência. Provavelmente, por esse mesmo motivo, desde crianças já mostramos uma preferência por comportamentos pró-sociais a comportamentos antissociais, sendo essa preferência mais visível ao passo que crescemos. Entretanto, crianças com sintomas do transtorno da conduta mostram um padrão de comportamento agressivo, impulsivo e mais egoísta que crianças sem a sintomatologia. Além disso, essas crianças também vivenciam ambientes, onde os comportamentos antissociais são mais frequentes e intensos se comparado à população geral. Experimentos com priming são uma forma de medir a influência de pistas ambientais simples sobre o nosso comportamento, por exemplo, dirigimos mais rápido quando escutamos músicas aceleradas, pessoas religiosas ajudam mais diante de elementos religiosos, como a bíblia, e crianças são mais cooperadoras após jogarem jogos de cunho educativo. Com isso, o presente estudo teve como objetivos: avaliar se existe diferença na generosidade, por meio do comportamento de partilha, entre crianças que apresentam sintomatologia do transtorno da conduta e crianças que não apresentam a dita sintomatologia; analisar a influência de um priming pró-social sobre o comportamento de partilha em crianças com ou sem sintomatologia do transtorno da conduta; e por fim, analisar sob a perspectiva evolucionista as razões dadas por crianças com ou sem sintomatologia do transtorno da conduta para partilhar ou não com o melhor amigo de sala de aula. Para isso, os professores das crianças respondiam um inventário que sinalizava para a presença ou ausência de sintomatologia do transtorno da conduta. As crianças com ou sem sintomatologia podiam passar por uma condição experimental (com priming) ou por uma condição controle (sem priming). Na condição experimental as crianças assistiam a dois vídeos curtos mostrando ajuda e partilha entre os pares, realizavam uma atividade de distração, e por fim, escolhiam dois entre quatro materiais mostrados pelo experimentador e decidiam quanto desses dois materiais gostariam de partilhar com o melhor amigo de sala de aula. Em seguida, ix eram questionadas a criança as razões da partilha e da retenção. As crianças da condição controle faziam as mesmas atividades, porém não assistiam aos vídeos. Os resultados encontrados mostram uma diferença do efeito do priming de acordo com a fase do desenvolvimento na qual a criança se encontra; uma diferença na quantidade de material doado por crianças com ou sem sintomas do transtorno da conduta, e uma mudança dessa diferença diante do priming pró-social; e por fim, uma convergência entre o pensamento utilizado por crianças nas razões de partilha e as Teorias Evolucionistas. Esses resultados sinalizam a importância de fatores individuais, do desenvolvimento, ambientais e evolutivos no comportamento pró-social de crianças com e sem sintomas do transtorno da conduta. |