Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Joyse Ashley Vitorino de |
Orientador(a): |
Ribeiro, Sidarta Tollendal Gomes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia
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Departamento: |
Centro de Biociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26915
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Resumo: |
Identificar as unidades que constituem as expressões da linguagem continua a ser uma questão importante na pesquisa psicolinguística contemporânea. Seria o modo como acessamos as palavras influenciado pela estrutura do léxico? Modelos de processamento não lexicais sugerem que, no momento do acesso lexical, as palavras são decompostas em unidades menores, isto é, morfemas. O pressuposto central destes modelos é que as palavras são armazenadas na memória, na forma de unidades significativas mínimas (ex.: amigável: amig/a/ável/). Dentro dessa linha de investigação, palavras compostas são especialmente importantes devido a sua dupla natureza: embora tenham um significado atômico, elas também podem apresentar estruturas segmentáveis. O objetivo desta dissertação foi verificar se há diferença na forma como reconhecemos palavras simples e compostas do Português Brasileiro (PB), utilizando testes de decisão lexical. Esta pesquisa pode lançar luz sobre como a mente representa diferentes categorias de palavras; além disso, pode ajudar a elucidar se diferenças superficiais na estrutura das línguas têm influência no processamento linguístico. Utilizamos testes de decisão lexical para indagar (i) se há diferenças nos tempos médios de reação e acurácia de resposta entre palavras simples e compostas, e (ii) se essas diferenças se correlacionam com a frequência de uso dessas palavras. Os resultados obtidos com o teste de decisão lexical I fornecem evidências de que há um papel para a decomposição no reconhecimento de palavras no PB, pois nas frequências baixa e média as palavras compostas produziram tempos de reação significativamente menores que as simples. No entanto, nas altas frequências dos experimentos de decisão lexical I e II, foram as palavras simples que apresentaram latências de resposta mais curtas. Esse tipo de resultado, por sua vez, se coaduna com as predições de modelos de listagem plena. Dessa forma, para explicar esses resultados se faz necessário sugerir um mecanismo de acesso lexical em dupla rota, em que cada tipo de palavra é acessado mais rapidamente dependendo da sua frequênciae propriedades morfológicas. |