Construindo o vocabulário: o desenvolvimento lexical inicial em português brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silva, Cláudia Tereza Sobrinho da
Orientador(a): Teixeira, Elizabeth Reis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27338
Resumo: O desenvolvimento lexical inicial de crianças entre 8 e 16 meses de idade adquirindo o português brasileiro é um assunto pouco explorado pela literatura. Dando continuidade ao estudo desenvolvido no mestrado a respeito deste mesmo tema, no entanto, adotando como metodologia de coleta o registro parental, o presente trabalho teve como objetivo conduzir uma investigação mais minuciosa, a partir de estudos longitudinais, da forma como se processa o desenvolvimento lexical de crianças adquirindo o português brasileiro observando aspectos como: a) os tipos de palavras que são adquiridas, primeiramente, nos níveis da compreensão e da produção; b) os contextos de compreensão e uso – palavras presas a determinados contextos ou utilizadas de forma referencial; c) o ritmo de aquisição – média de palavras por mês, a cada idade; a ocorrência, ou não, de fenômenos como super e subextensões e as suas características, verificando, posteriormente, em que medida os dados obtidos a partir deste estudo longitudinal e os dados obtidos no estudo desenvolvido ao longo do curso de mestrado, a partir da aplicação do CDI, dialogam. Para a composição do corpus, 3 crianças soteropolitanas foram acompanhadas durante 9 meses. Seus pais foram instruídos a produzirem um diário, contendo informações a respeito de novas aquisições lexicais. Além do diário, as famílias eram visitadas quinzenalmente e durante as visitas, gravações e filmagens foram realizadas. Os dados foram tabulados e categorizados de duas maneiras: de acordo com o contexto em que ocorriam – quer no nível da compreensão, quer no nível da produção –, e com base numa categorização morfossintática. A partir da análise dos dados, categorizados da primeira forma, chegou-se às seguintes conclusões: a categoria dos “nominais” predomina em todas as faixas etárias, tanto em compreensão quanto em produção, seguida pela categoria das “palavras de ação”. A subcategoria dos “nomes específicos” domina nos primeiros meses, em compreensão e em produção, sendo substituída pela subcategoria dos “objetos”. Fenômenos como super e subextensões foram encontrados nos dados de todos os sujeitos. Com base numa categorização morfossintática, ocorre uma pequena diminuição na categoria das “palavras de ação” e uma redistribuição dos itens pelas demais categorias. Em linhas gerais, as informações provenientes desta tese corroboram os achados provenientes da aplicação do protocolo Palavras e gestos do Inventário MacArthur de Desenvolvimento Comunicativo (CDI); a diferença reside na quantidade de palavras registradas a cada mês com a aplicação do CDI.