Fatores de risco para forma grave da COVID-19 em pessoas idosas institucionalizadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Araújo, Mayara Priscilla Dantas
Orientador(a): Nobre, Thaiza Teixeira Xavier
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44847
Resumo: Introdução: A COVID-19 caracteriza-se por uma síndrome respiratória com variações no grau de gravidade. Porém, essa doença tem afetado, de forma desproporcional, pessoas idosas institucionalizadas, levando a uma elevada mortalidade nessa população. Objetivo: Analisar as condições consideradas de risco para forma grave e morte pela COVID-19 em pessoas idosas institucionalizadas e sua associação com o estado nutricional. Métodos: Foram realizadas duas análises: 1) estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa, realizado em oito instituição de longa permanência para idosos da região Metropolitana de Natal, Rio Grande do Norte, com população de 267 pessoas idosas, entre os meses de fevereiro e dezembro de 2018, que utilizou como instrumento para coleta de dados sociodemográficos, saúde e fatores de risco a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, e realizados os testes Qui-quadrado de Pearson e Razão de Chance para análise das variáveis; 2) revisão sistemática da literatura de estudos epidemiológicos observacionais publicados entre os meses janeiro de 2020 a 10 de fevereiro de 2021, para qual foram realizadas buscas nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed, Scopus e Web of Science, utilizando o padrão DeCS/MeSH (Descritores em Ciências da Saúde), e avaliado o risco de viés por instrumentos do Instituto Joanna Briggs. Resultados: 1) Das 267 pessoas idosas avaliadas, as condições de risco mais prevalentes foram a deficiência cognitiva (57,5%), hipertensão (55,6%) e diabetes (27,5%), sendo observada maior frequência de baixo peso em idosos com deficiência cognitiva (24,6%), e sobrepeso naqueles hipertensos (23,3%) e diabéticos (12,9%). O índice de massa corporal (IMC) apresentou associação com a faixa etária 80 anos ou mais (p=0,013), hipertensão (p<0,001) e diabetes (p=0,001). Pessoas idosas hipertensas têm mais chances de apresentar baixo peso quando comparado às não hipertensas (RC=3,6; IC95% 1,5-8,6). 2) Foram identificadas 171 publicações, das quais nove atenderam aos critérios de elegibilidade. A busca complementar na lista de referências desses estudos resultou em dois artigos. Com isso, 11 artigos foram incluídos na revisão. Foram identificados diferentes fatores de risco agrupados em fatores sociodemográficos, manifestações clínicas e condições de saúde, sendo o sexo masculino, a apresentação de uma maior sintomatologia da doença, a presença de sintomas respiratórios e de doenças cardiovasculares diferentes da hipertensão como os principais fatores de risco. Considerações finais: Pessoas idosas institucionalizadas apresentam condições de saúde que os tornam mais vulneráveis a evoluir para forma grave da COVID-19 caso sejam infectados, o que requer a adoção de medidas protetivas e protocolos para oportunizar o tratamento desses indivíduos e prevenção de agravos para aqueles em maior risco de evoluir para forma grave da doença.