Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Emmanuel Dário Gurgel da |
Orientador(a): |
Passeggi, Maria da Conceição Ferrer Botelho Sgadari |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25509
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Resumo: |
A pesquisa teve como objetivo geral investigar, em narrativas autobiográficas de adultos cegos, os sentidos que atribuem às adversidades e aos processos de enfrentamento por eles vivenciados no contexto do Ensino Fundamental e Médio. Do ponto de vista teórico, o estudo se situa na perspectiva da pesquisa (auto)biográfica com pessoas cegas, e se assenta no pressuposto de que suas narrativas são fontes de conhecimentos imprescindíveis para se pensar a garantia de seus direitos a uma educação inclusiva e edificante. Como metodologia da pesquisa, utilizamos as entrevistas narrativas autobiográficas, inspiradas em Schütze (2010), Appel (2005) e Jovchelovitch e Bauer (2002). Participaram da pesquisa 4 (quatro) adultos cegos, entre 29 e 63 anos de idade. A investigação considerou princípios e métodos da pesquisa (auto)biográfica em Educação (Ferrarotti 2014a, 2014b; Delory-Momberger 2014; Passeggi 2010, 2011, 2014, 2016); estudos sobre a resiliência (Cyrulnik 2009; Sordi, Manfro e Hauck 2011; Angst 2009; Gallego Gómez 2014), e princípios da educação inclusiva, concernentes à pessoa deficiente visual (Vigotski 1994; Silva 2008; Amiralian 2000, 2005; Nunes e Lomônaco 2010). As narrativas dos participantes permitiram organizar as análises em três categorias temáticas: “relações com a escola regular e com a escola especial”, “estratégias de enfrentamento” e “tutores de resiliência”. Essas categorias conduziram à compreensão do sentimento de invisibilidade pedagógica, por parte dos participantes, ao evocarem suas experiências na escola regular. As análises das narrativas revelam que nos processos de enfrentamento as pessoas cegas privilegiam cinco estratégias primordiais: o diálogo; a persistência; o afastamento para o fortalecimento; a identificação de tutores de resiliência e a formação de grupos com pessoas por afinidade. Os resultados das análises permitem salientar a importância da escuta de adultos cegos sobre suas experiências na infância e na adolescência, dentro da escola, para que se possa melhor compreender as adversidades enfrentadas e as estratégias de enfrentamento por eles desenvolvidas, de modo a aprofundar estudos e reflexões sobre os direitos da pessoa com deficiência visual a uma educação inclusiva, com base no que vivenciaram pessoas concretas e no que elas dizem sobre suas reais necessidades. |