Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Bessa, Nathalia Priscilla Oliveira Silva |
Orientador(a): |
Cavalcanti, Fabrícia Azevedo da Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46659
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Resumo: |
Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de incapacidades em adultos, levando a alterações funcionais, como déficit de equilíbrio e dificuldade para realizar as atividades de vida diária. As sequelas são resultantes das mudanças plásticas no tecido neural, como resultado da excitabilidade diminuída e do não uso dos membros afetados após a injúria, culminando na redução da representação cortical destas áreas. No campo da reabilitação, a Realidade Virtual (RV) tem se mostrado um grande aliado na recuperação destes pacientes. Objetivo: Comparar os efeitos de um protocolo com realidade virtual não imersiva com um protocolo de cinesioterapia, ambos com mesma dosagem, evoluções e objetivos, no equilíbrio postural de indivíduos com AVC crônico. Metodologia: Trata-se de um estudo comparativo com 7 indivíduos, com diagnóstico clínico de AVC. Os indivíduos foram avaliados antes e após a intervenção por meio de uma ficha sociodemográfica, Mini-Exame do Estado Mental – MEEM, Escala de Ashworth, Categoria de Deambulação Funcional, National Institute Health Stroke Scale – NIHSS, Escala de Qualidade de Vida Específica para AVE - EQVE-AVE, Medida De Independência Funcional- MIF, Inventário de Motivação Intrínseca –IMI, Escala de Equilíbrio de Berg -EEB, Teste de Alcance Funcional -TAF, Timed Up and Go Test - TUG, Teste de Caminhada de 6m -TC6m e variáveis do Centro de pressão pela Plataforma de Força (PF). Os participantes foram divididos em dois grupos: grupo da cinesioterapia (GC, n=4) que realizou fortalecimento de membros inferiores (MI) e cinesioterapia com foco no equilíbrio com demanda sensório-motora similar aos exercícios de RV e o grupo RV (GRV, n=3) que realizou fortalecimento de MI e um protocolo de RV baseado no equilíbrio postural. Foram realizadas 2 sessões por semana, durante 8 semanas, totalizando 16 sessões. Foi realizado teste t pareado para análise intragrupos e o test t para comparação intergrupos analisando as diferenças entre os valores pré e pós intervenção (delta) de cada grupo. Resultados: Ambos os grupos obtiveram melhora em todos os desfechos analisados. Na análise intragrupos, observou-se significância no GC para a EEB (p = 0,006); EQVE-AVE (p= 0,035); deslocamento total do centro de pressão no teste de apoio unipodal olhos abertos sobre membro parético (p = 0,017); velocidade média no teste de apoio unipodal com os olhos abertos sobre membro parético (p = 0,007) e unipodal olhos fechados sobre o membro saudável (p = 0,047); e no GRV para a EEB (p = 0,026), MIF (p = 0,008) e deslocamento total do centro de pressão no teste de apoio unipodal olhos abertos sobre membro saudável (p = 0,035). Na análise intergrupos, verificou-se uma diferença estatística significativa para EEB (p = 0,033), qualidade de vida (p = 0,021), IMI pressão (p= 0,025) e o apoio unipodal olhos abertos sobre membro parético (p = 0,044) a favor do GC. Conclusão: Observou-se que a aplicação dos protocolos de intervenção do GC e GRV foram benéficos e provocaram melhorias nos desfechos analisados, principalmente no controle do equilíbrio postural. No entanto, devido as limitações quanto ao tamanho amostral e número de sessões sugere-se que sejam realizados estudos com população mais robusta e maior tempo total de terapia. |