Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Ana Lúcia de Lima |
Orientador(a): |
Madureira, Antoinette de Brito |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47567
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Resumo: |
O presente trabalho tem por objetivo examinar a presença de elementos pertinentes ao debate feminista entre mulheres da classe trabalhadora, em específico moradoras do bairro de Felipe Camarão, uma periferia da capital potiguar. O plano de fundo que delimita o trabalho está relacionado a emersão e desenvolvimento do heteropatriarcado enquanto sistema de segregação dos sexos e de dominação, opressão e exploração das mulheres e sua posterior reconfiguração junto ao capitalismo e ao racismo, que se auto constituirão na ordem heteropatriarcal-racista-capitalista, donde surge um sujeito explorado específico: as mulheres trabalhadoras racializadas. O trabalho aponta, frente à constituição daquela ordem, a recorrente resistência dos sujeitos oprimidos e prioriza a resposta do movimento feminista. A pesquisa da qual este trabalho se origina é de abordagem quanti-qualitativa. Foram utilizadas para a sua realização as técnicas de levantamento bibliográfico e de coleta de dados empíricos. A pesquisa de campo foi realizada com mulheres trabalhadoras moradoras do bairro de Felipe Camarão, uma das comunidades com maior concentração de pobreza da Cidade do Natal, estado do RN. A pesquisa ouviu vinte e seis mulheres, sendo dezoito mulheres jovens que tinham entre vinte e trinta e cinco anos de idade e com escolaridade alta e oito mulheres adultas e idosas que tinham entre trinta e cinco e sessenta anos de idade e um baixo grau de escolaridade. Foram utilizados os dados coletados em uma reunião presencial de mulheres, assim como em um questionário virtual e finalmente em duas entrevistas semiestruturadas presenciais. A análise dos dados mostrou que as mulheres ouvidas, por mais que soubessem de avanços históricos sobre a luta das mulheres e considerassem a importância social dessas transformações demonstram dificuldades em compreender o caminho trilhado por essas lutas, sendo evidente o desconhecimento e/ou dificuldade de compreensão de elementos basilares para o movimento feminista, como o significado do machismo e do feminismo e suas interrelações, sobretudo para as mulheres mais idosas e com menor acesso ao desenvolvimento educacional. Por fim, o estudo constatou que apesar da indubitável relevância histórica do feminismo para a transformação das vidas das mulheres, o diálogo aberto e a politização do debate com as mulheres trabalhadoras – sobretudo aquelas que estão fora dos espaços privilegiados de produção de conhecimento – ainda é um ponto frágil na atuação do movimento. |