Literatura, memória e violência: análise dos romances Pilatos e Quase memória, de Carlos Heitor Cony

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Edson Moisés de Araújo
Orientador(a): Camargo, Katia Aily Franco de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós graduação em Estudos da Linguagem
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55104
Resumo: Esta tese tem como objetos de análise os romances “Pilatos” (1974) e “Quase-memória” (1995), do escritor carioca Carlos Heitor Cony. Sobre eles, destaca-se a hipótese de que a memória e a violência podem ser categorias constituintes de uma imagem literária sobre as ações de repressão durante o regime militar (1964-1984). Assim, de modo específico, buscou-se a análise da formatação discursiva na construção da memória sobre o período ditatorial, considerando a exposição de cenas de violência presentes nas narrativas. Para isso, tomou-se como orientação teórica a compreensão do discurso literário preenchido por uma materialidade social (ADORNO, 2003; BAKHTIN, 2015; AUERBACH, 1987; CANDIDO, 2000; EAGLETON, 2011), além de considerar a obra de Cony enquanto uma literatura que apresenta marcações discursivas engajadas politicamente diante das representações sociais nos romances analisados (BENOÎT, 2002; DALCASTAGNÈ, 1996). Sobre a memória, buscou-se identificar e analisar os elementos que emergem nas narrativas para delinear uma imagem social sobre o período ditatorial, a partir de Benjamin (2013), considerando, de igual modo, as marcas e discursos de violência enquanto mecanismo de dominação (BOURDIEU, 1989). Portanto, compreende-se que esta tese possibilita compreender a obra de Cony, assim como sua posição enquanto intelectual inserido no cenário de produção literária durante e após o período ditatorial.