Violência à criança no contexto familiar: percepção das equipes das Unidades Básicas de Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Milena Gabriela dos Santos
Orientador(a): Rocha, Nadja de Sá Pinto Dantas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA NO NORDESTE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28304
Resumo: A violência caracteriza um grave problema de Saúde Pública que abrange qualquer ação ou omissão que gere comprometimento ao bem-estar biopsicossocial e a desenvolvimento integral do ser humano. Objetivou-se identificar a percepção das equipes, de unidades de Atenção Primária à Saúde (APS), acerca da violência à criança no contexto familiar, em um município do Nordeste brasileiro. Investigação exploratória e descritiva, com abordagem quantitativa e qualitativa. Desenvolveu-se em dois momentos: entrevista com questionário semi-estruturado, seguida de 01 grupo focal em 01 unidade referência no cuidado. Para processamento dos dados quantitativos, utilizou-se o programa Microsoft Excel, versão 2013. Para os dados qualitativos, a análise de conteúdo, segundo Bardin e os princípios do Interacionismo Simbólico de Herbet Blummer. Os resultados revelaram predominância da violência por negligência com 33% e da violência psicológica, 31,4%. A maioria dos profissionais, 75,7%, nunca participou de cursos de capacitação sobre Linha de Cuidados. Há valorização em referir situações de violência para os serviços especializados, quando 45,7% dos participantes relataram que estes serviços estão parcialmente iniciados e as unidades de APS, com 81,4%, não iniciados. A percepção destas equipes revela à necessidade de agregar competências e atitudes no sentido de construção de práticas/políticas públicas de articulação da rede psicossocial e gestão compartilhada do cuidar. Almeja-se que os resultados revelados nesta pesquisa possam promover a abertura de um diálogo necessário entre os diversos atores e instituições envolvidos com a temática da violência na infância, ainda invisível nas práticas do cuidado, com perpetuação dos atos violentos e violação dos direitos essenciais.