Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Pinto, José Reginaldo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/97208
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Resumo: |
A violência e maus-tratos praticados contra crianças e adolescentes despontam como um agravo que perpassa em todas as camadas sociais. Dada à importância ao assunto, elaborou-se essa pesquisa que versa sobre como se comportam os profissionais de saúde na condução dos casos demandados na atenção básica. Desta forma, o estudo teve como objetivo analisar o processo de notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes a partir da prática de médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas da Estratégia Saúde da Família (ESF), em cinco Regiões de Saúde do Ceará, bem como identificar as características sociodemográficas de formação profissional; verificar a correlação entre as variáveis de instrumentalização profissional com o ato de notificar e apontar as dificuldades e facilidades da notificação de maus-tratos. Utilizou-se um estudo de corte transversal, com uma amostra de 218 profissionais da ESF de 26 municípios pertencentes às Regiões de Saúde de Canindé, Tauá, Quixadá, Icó e Iguatu, distribuídos da seguinte forma: médicos (32), enfermeiros (156) e cirurgiões-dentistas (30). Um questionário estruturado com variáveis sociodemográficas, formação profissional, tempo de trabalho na ESF, instrumentalização profissional foi aplicado no período de fevereiro a julho de 2012. Para análise, empregou-se o teste de correlação de Pearson (p<0,05). Os achados revelaram a predominância de adultos jovens (57,3%), sexo feminino (72%) com menos cinco anos de formado (57,3%) e com o mesmo tempo de trabalho na ESF (62,4%) e com residência ou pós-graduação em saúde coletiva (41,3%). Quanto à instrumentalização, 75,7% afirmaram nunca terem participado de treinamentos para enfrentamento da violência, 80,3 % conheciam o ECA, 54,1% a ficha de notificação, mas 16,1% disseram não saber da existência na unidade de saúde. Alegaram não ler sobre a temática 65,6% e 56,9% relataram não discutir o assunto em seu ambiente de trabalho. No entanto, 92,2% manifestaram interesse em participar de treinamentos sobre o tema e 89,4% acham vantagem instituir a ficha de notificação na unidade. Dos respondentes, 36,2% depararam com maus-tratos em sua prática e destes, 51,9% não notificaram o caso. A significância estatística entre as variáveis independentes e o fato de notificar maus-tratos, deu-se com a profissão (p=0,016), participar de treinamento (p=0,013), conhecer o ECA (p=0,038), a ficha de notificação, dispô-la na unidade (p<0,001), confiar nos órgãos de proteção (p=0,07) e saber para onde encaminhar os casos (p=0,002). O estudo concluiu que o processo de notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes, a partir da prática dos profissionais da ESF está sob a responsabilidade de um profissional jovem, com menos de cinco anos de formado/tempo de serviço, sem instrumentalização sobre o tema, contudo ensejam apropriar-se desse conhecimento e reconhecem a atenção básica como cenário propício para esta demanda (vantagem). A formação profissional e o diferencial no conhecimento sobre o tema e os seus desdobramentos são variáveis que devem ser consideradas no planejamento e operacionalização dos cursos de capacitação sobre violências e suas repercussões na saúde individual, coletiva e harmonia social. |