Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Lidemberg Rocha de |
Orientador(a): |
Rodrigues, Maria das Graças Soares |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19925
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Resumo: |
Com esta investigação objetivamos identificar, descrever, analisar e interpretar como livros didáticos de Língua Portuguesa abordam, a partir da materialidade linguística, efeitos de sentido veiculados em textos predominantemente injuntivos. O corpus deste estudo é constituído por seis coleções de livros didáticos de Língua Portuguesa inscritas no Guia do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do ano de 2010, adotadas por escolas públicas do município de Natal e objeto de estudo no âmbito do Projeto Ler/Contar do Observatório de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Foram analisados os livros dos 4º e 5º anos do Ensino Fundamental, totalizando 12 exemplares. Selecionamos para análise dezesseis propostas de escrita de textos injuntivos. Para fundamentar nosso estudo, recorremos à discussão teórica de Adam (2001a, 2001b) no que diz respeito aos gêneros discursivos da incitação à ação. Ainda, acompanhamos Koch e Fávero (1987), Koch e Elias (2009), Marcuschi (2003, 2008), Pery-Woodly (2001), Rodrigues (2013), Travaglia (1992, 2007) e Rosa (2007), no que concerne à organização material dos textos injuntivos. No que se refere às discussões sobre o livro didático, amparamo-nos em Choppin (2004, 2009), Batista (2003, 2009), Rojo e Batista (2005), e quanto aos livros didático de Língua Portuguesa, adotamos Soares (1998, 2001, 2004) e Bunzen e Rojo (2005). As propostas de escrita de textos injuntivos, nas coleções analisadas, resumem-se a dicas/recomendações, instruções para confecção de brinquedos e/ou brincadeiras, roteiro de viagem e receita culinária, sendo que 69% delas aparecem nos livros dos 4º anos e apenas 31%, nos livros de 5º ano. No que concerne aos elementos linguísticos responsáveis pela construção dos atos de fala diretivos e os efeitos de sentido por eles produzidos, os dados nos mostram que 50% das propostas de escrita não exploram categorias linguísticas que imprimam os efeitos de sentido da injunção, ou seja, inexiste um trabalho voltado à análise linguística, enquanto 33% mencionam o modo imperativo e 17% exploram verbos no infinitivo. Nesta dissertação foram abordados os planos de texto dos gêneros da incitação à ação e neles a materialidade linguística que veicula o sentido da injunção, estudo que pode contribuir com a melhoria do ensino de língua portuguesa no que concerne à articulação dos estudos gramaticais às sequências/tipos textuais, principalmente nos livros didáticos de Português para os anos iniciais do Ensino Fundamental. |