Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Jéssica Máximo |
Orientador(a): |
Batista, Ronaldo de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/32045
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Resumo: |
Esta pesquisa, a partir de uma perspectiva historiográfica, tem como objetivo analisar livros didáticos de língua portuguesa no Brasil do século XX. Trata-se de uma investigação que evidencia como as configurações dos livros didáticos se alteram de acordo com políticas públicas de ensino e em alguns casos com o desenvolvimento dos estudos linguísticos ao longo do tempo. O nosso recorte de pesquisa tem como intuito compreender a presença da unidade linguística texto no ensino de língua portuguesa na segunda metade do século XX, no Brasil. Nesse sentido, a pergunta que conduz a análise: levando em conta o período selecionado, como é direcionado o estudo do texto no ensino de língua portuguesa no Brasil? Selecionamos livros didáticos de referência da segunda metade século XX que atendiam ao ensino de língua portuguesa no nível de ensino que hoje denominamos como anos finais do ensino fundamental, a saber: Português ginasial (1950) de Rosário Farani Mansur Guérios (1907-1987); Português através de textos (1968) de Magda Soares; Comunicação e expressão (1973) de Leodegário Amarante de Azevedo Filho (1927-2011), Layla da Silveira Thomaz, Maria Augusta do Coutto Bouças; Português oral e escrito (1980) de Dino Preti e Português linguagens (1998) de William Cereja e Thereza Cochar. O referencial teórico que fundamenta a pesquisa é constituído pelos princípios teóricos e procedimentos de análise da Historiografia Linguística (ALTMAN, 1998, 2019; BATISTA, 2013, org. 2019; KOERNER, 2014; SWIGGERS, 1990, 2019, 2020), que se preocupa em estudar o conhecimento sobre a linguagem em suas dimensões cognitiva e social (ou sociocultural) nas instâncias de produção e recepção desse conhecimento. Desse modo, a pesquisa está organizada, principalmente, em torno do conceito de camadas do conhecimento linguístico de Swiggers (2019): camadas teórica, técnica, documental e contextual-institucional. Como conclusão, as análises apontaram que o texto se encontra como objeto teórico do ensino de língua portuguesa apenas a partir da década de 1990, embora a Linguística Textual comece a ser discutida décadas antes em pesquisas e, posteriormente, nos cursos de Letras no Brasil. Assim, encontramos uma nova configuração do texto em livros didáticos de língua portuguesa somente quando essas discussões passam a integrar políticas educacionais estabelecidas pelos órgãos públicos responsáveis pela educação. |