Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Emerson José Ferreira de |
Orientador(a): |
Sales Neto, Francisco Firmino |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/43690
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Resumo: |
Este trabalho investiga como o roubo de santo, prática realizada em prol das chuvas no Nordeste, constitui os sertões como espaços sagrados. A partir do roubo de imagens católicas, em especial a do padroeiro das chuvas, São José, em comunidades rurais do munícipio de Pombal, analisamos essa experiência de inverno, seus significados e interesses cotidianos para compreendermos a sacralização dos espaços rurais no sertão paraibano. No campo teórico – com base em Certeau (1998), Segaud (2016), J. Assmann (2016), A. Assmann (2011), Dubar (2006), Hall (2006), Tuan, (1983), Hobsbawm (1997), Geertz (2008), Ingold (2012), Descola (2015), Haesbaert (2007) e Zambrano (2001) – a pesquisa operacionaliza os conceitos de espaço, memória, identidade, experiência, tradição e território, a fim de perscrutar os aspectos socioculturais mobilizados junto à prática para configurar essa espacialidade sertaneja. Como metodologia, a partir das análises de Meihy e Holanda (2011) e Delgado (2006), utilizamos a história oral para analisar as memórias em torno dessa prática religiosa, constituídas pelas narrativas daqueles que vivenciam o cotidiano local, percebendo como essas memórias atuam na formação de espaços da recordação e estabelecem identidades que territorializam as vivências sociorreligiosas nessas localidades. A análise iconológica de imagens e de artefatos da fé ligados ao roubo, baseada em Meneses (2003), e a apreciação de documentos escritos a respeito da vida de pessoas que ali habitaram complementam o aporte metodológico da pesquisa. Portanto, ao evidenciarmos que o roubo de santo ressignificou saberes, memórias e identidades comunitárias, constatamos que os sertões estudados constituem espacialidades sagradas. |