Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Costa, Ana Rafaella Araújo |
Orientador(a): |
Souza, Marcelo Cardoso de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - FACISA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28330
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Resumo: |
Introdução: A fasciopatia plantar (FP) é uma síndrome dolorosa subcalcânea, descrita inicialmente em 1812. É a causa mais comum de dor na região plantar do calcanhar. Existe uma estimativa que a cada 10 pessoas, uma apresente dor na região abaixo do calcâneo em algum momento da vida. A maioria dos pacientes relatam baixa qualidade de vida, pois a dor impede a realização de atividades de vida diária (AVD) e a realização de atividades físicas. Os tratamentos conservadores são responsáveis por 90% das resoluções da dor no retropé e estão associadas a terapêuticas que incluem mobilização articular, alongamento, palmilhas, terapia de ondas de choque e laser. Entretanto, a utilização de palmilhas está restrita à utilização em calçados fechados como sapatos e tênis, e isso pode ser um obstáculo ao tratamento em cidades de clima quente. Objetivo: Avaliar a efetividade das palmilhas adaptadas em chinelos na dor e função em indivíduos com FP. Método: Estudo clínico, controlado e randomizado, duplo cego com 66 pacientes com diagnóstico de FP, aleatorizados em dois grupos: grupo chinelo palmilha (CP) (n=34) recebeu um chinelo de tira customizado com peças podais e cobertura em couro sintético bege liso. O grupo chinelo liso (CL) (n=34) recebeu um chinelo de tira coberto com couro sintético bege liso, idêntico ao utilizado pelo grupo intervenção, porém sem as peças podais. Os pacientes foram instruídos a usar o chinelo no mínimo 4 horas por dia, durante 12 semanas. Duas avaliações foram realizadas: uma antes do protocolo de intervenção (T0) e a segunda após as 12 semanas de intervenção (T12). Foi considerado como desfecho primário a dor através da Escala Visual Analógica (EVA). Os desfechos secundários foram: a função do pé pelo questionário Foot Function Index (FFI); funcionalidade do pé e tornozelo pelo questionário Foot and Ankle Ability Measure (FAAM); a capacidade funcional pelo teste de caminhada de 6 minutos (TC6M); a expectativa e a satisfação do paciente com o tratamento pela escala likert; o questionário de cegamento, para assegurar que os participantes estivessem cegos e o diário de uso para anotação das horas em que usaram o chinelo diariamente. Resultados: O grupo CP melhorou significativamente a dor sentida pela manhã através da variável EVA manhã (p = 0,016); sem diferenças significativas entre os grupos para EVA final do dia ( p = 0,31); TC6 ( p = 0,45); e FAAM ( p = 0,062). Outro valor estatisticamente significativo obtido foi da variável FFI, onde o grupo CP apresentou melhor resultado (p = 0,023), apresentando assim, melhora na função do pé após o uso do chinelo. Conclusão: As palmilhas adaptadas em chinelos como forma de tratamento durante 12 semanas para o tratamento da FP, foram efetivas na melhora da dor pela manhã e na função do pé. |