Efeitos de palmilhas adaptadas em chinelos para dor persistente no retropé: um ensaio controlado e aleatorizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fagundes, Marina Gomes
Orientador(a): Souza, Marcelo Cardoso de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52401
Resumo: Introdução: Dor persistente no retropé é uma condição comum na população adulta de meia idade, sendo muitas vezes incapacitante por afetar a funcionalidade e aspectos sociais do indivíduo. O tratamento com palmilhas é amplamente investigado, embora exista discordância entre as evidências. Por ser um recurso prático e confortável, palmilhas adaptadas em chinelos têm sido recentemente investigadas em estudos clínicos com fasciopatia plantar. Porém, ainda não são conhecidos quais os efeitos em indivíduos com dor persistente no retropé. Objetivo: Avaliar os efeitos do uso de palmilhas adaptadas em chinelos no curto e médio prazo na intensidade da dor matinal, dor ao caminhar, função do pé e capacidade funcional da caminhada de indivíduos com dor persistente no retropé. Método: Estudo clínico aleatorizado, duplocego e controlado por sham, registrado prospectivamente no Clinical Trials (NCT04784598). Os participantes foram aleatorizados em dois grupos: grupo experimental (n=40) que utilizou palmilhas adaptadas em chinelos entregues conforme a avaliação do tipo de pé e grupo controle (n=40), que utilizou chinelos com palmilhas sham, ou seja, chinelos planos. Todos os participantes foram orientados a utilizar os chinelos diariamente, durante pelo menos quatro horas por dia, no período de 12 semanas. As avaliações foram realizadas na linha de base (T0), seis (T6) e 12 (T12) semanas depois e 4 semanas do término da intervenção (T16 – follow-up). O desfecho primário foi intensidade da dor matinal, conforme a Escala Numérica da Dor. Os desfechos secundários foram a função do pé, pelo Índice de Função do Pé, e a capacidade funcional da caminhada, pelo Teste de Caminhada de seis minutos. A análise de variância comdelineamento misto foi utilizada e a interação entre tempo e grupo foi considerada para todas as variáveis. Resultados: Não houve diferenças entre os grupos para intensidade da dor matinale ao caminhar ao longo do dia em curto (matinal → diferença média [DM] = -0,7 [IC 95% -1,9a 0,6]; ao caminhar → DM= -0,4 [IC 95% -0,6 a 0,8]) e em médio (matinal →DM = 0,01 [IC 95% -1,4 a 1,4]; ao caminhar → DM = -0,5 [IC 95% -1,8 a 0,8]) prazos. Para os desfechos secundários também não houve diferenças entre os grupos para ambos os tempos. Nenhuma mudança clinicamente importante foi observada para qualquer um dos resultados primário e secundários. Conclusão: Palmilhas adaptadas em chinelos não foi superior a chinelos com palmilhas sham para os desfechos de dor, função e capacidade funcional da caminhada em indivíduos com dor persistente no retropé.