Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Leite, Nathalia Evelyn Martins |
Orientador(a): |
Coelho, Nicole Leite Galvão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45162
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Resumo: |
Uma das técnicas de reprodução assistida mais utilizada atualmente é a fertilização in vitro (FIV), porém, a taxa de sucesso média mundial observada para essa terapia é de cerca de 30%. Aspectos fisiológicos e psicológicos parecem contribuir para o desfecho do tratamento. Assim, este trabalho analisou como o estresse psicofisiológico (sendo o estresse psicológicos avaliado pelo Inventário de sintomas de estresse de Lipp para adultos e pelo Inventário de problemas de fertilidade; o fisiológico pela reatividade do cortisol salivar ao despertar) e a satisfação conjugal (avaliada pelo ajustamento diádico, satisfação sexual e estilo de apego) se relacionam com o desfecho da FIV, e ainda se alguns desses parâmetros predizem o sucesso no tratamento. Esse foi um estudo exploratório realizado na Maternidade Escola Januário Cicco da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ao longo do ano de 2017, com 20 mulheres no primeiro ciclo de FIV. Foi visto que as participantes com sucesso no tratamento, ou seja, que engravidaram, apresentaram maior coesão diádica, maior satisfação sexual e menores níveis de cortisol. A coesão diádica se mostrou preditora do sucesso. Um maior ajustamento e consenso diádico relacionou-se com ausência de estresse, sendo o consenso diádico preditor da ausência de estresse. De fato, a maior parte da amostra estava livre de estresse psicológico, e as mulheres com níveis de estresse dentro da faixa de normalidade foram aquelas com o estilo de apego preocupado. Esses resultados evidenciam a importância dos baixos níveis de cortisol e de um bom relacionamento conjugal para o sucesso da FIV. Portanto, estratégias que auxiliem as pacientes a lidarem com os estressores inerentes ao tratamento e ao relacionamento conjugal devem ser investigadas e aplicadas a fim de incrementar o sucesso do tratamento. Destaca-se também a importância de novos estudos para compreender melhor a relação desses fatores psicofisiológicos com o desfecho da FIV com um número amostral maior, como também avaliar o perfil de mulheres que buscam tratamento em clínicas privadas, o qual pode variar do perfil encontrado nesse estudo de uma amostra populacional de menor poder socioeconômico com tratamento custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). |