Relação entre o perfil psicofisiológico do estresse e o resultado do tratamento de mulheres submetidas a fertilização in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bezerra, Nathália Karen Maia
Orientador(a): Coelho, Nicole Leite Galvão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26452
Resumo: A infertilidade vem atingindo um número cada vez maior de mulheres em idade reprodutiva. A probabilidade de concepção por ciclo reprodutor mensal feminino, que é naturalmente baixa, de aproximadamente um quinto, reduz-se ainda mais quando fatores estressores psicossociais e fisiológicos estão associados. Nesse contexto, o uso de modernas tecnologias de reprodução assistida tem viabilizado o alcance da gravidez, porém, estes procedimentos demandam protocolos terapêuticos extensos e invasivos e normalmente requerem um considerável investimento financeiro, gerando assim, grandes expectativas e consequentemente, também, elevados níveis de ansiedade e estresse. Incrementar o sucesso dos tratamentos de reprodução assistida é o maior desafio da atualidade na área. Acredita-se que os fatores psicológicos e fisiológicos associados ao estresse, como o cortisol, modulam direta ou indiretamente o sucesso do tratamento. Assim, esse estudo objetiva investigar uma possível relação entre o perfil psicofisiológico do estresse de mulheres submetidas ao tratamento por fertilização in vitro (FIV) e o sucesso do mesmo. O estudo foi realizado no Centro de Assistida da Maternidade Escola Januário Cicco, vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e evidenciou que as pacientes que não alcançaram a gravidez (n = 13; 65%) apresentaram um perfil mais ansioso e maior reatividade do cortisol salivar ao despertar comparadas às pacientes que engravidaram (n = 7; 35%). Além disso, observou-se uma correlação direta entre a ansiedade e o estresse psicológico e ambos com uma menor percepção do suporte social. Uma menor percepção do suporte social também foi observado em pacientes com modos de enfretamento de problemas centrados em práticas religiosas e/ou pensamentos fantasiosos. Assim, evidenciase a importância de se buscar uma melhor compreensão de como esses fatores se correlacionam com o sucesso do tratamento por FIV, o que pode e deve facilitar a prática de intervenções efetivas nos serviços de reprodução assistida, a fim de reduzir o estresse e fornecer um ajustamento emocional às pacientes, o que, consequentemente deverá contribuir para melhores índices de gravidez.