Perspectivas de profissionais dos serviços de acolhimento institucional sobre o direito à convivência familiar e comunitária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Soares, Thamires Pinto
Orientador(a): Paiva, Ilana Lemos de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28893
Resumo: A partir da análise da trajetória histórica de construção das políticas sociais de atenção a crianças, adolescentes e famílias em situação de pobreza no Brasil, o presente trabalho visa discutir sobre as perspectivas de profissionais dos serviços de acolhimento institucional acerca do direito à convivência familiar e comunitária. Para tanto, foram investigadas as três unidades municipais de acolhimento de uma mesma cidade. Realizou-se entrevista semiestruturada com coordenadores e profissionais dos serviços, bem como observação participante. Os dados produzidos foram sistematizados e organizados nas seguintes categorias: (1) Características gerais das unidades, (2) Público atendido, (3) Trabalho com as famílias, (4) Convivência comunitária e (5) Articulação da rede. A análise de dados foi realizada à luz do materialismo histórico dialético. As unidades estudadas funcionam no modelo abrigo institucional, e as crianças e adolescentes acolhidos são distribuídos em função da faixa etária e dos grupos de irmãos. Já as famílias atendidas, caracterizam-se por vivenciar situação de pobreza, baixa escolaridade, uso de drogas, violência familiar, etc. Assim, o trabalho social visa a superação destas problemáticas, bem como o fortalecimento dos vínculos familiares, para possibilitar o retorno da criança à família. O contato entre acolhidos e a família de origem é mantido, bem como a convivência dos acolhidos com a comunidade. Por fim, a articulação com a rede de serviços mostra-se essencial para a resolução dos casos. Os resultados demonstram que, apesar de algumas dificuldades e limitações, os serviços estudados buscam condutas condizentes com o paradigma estabelecido no ECA e no PNCFC, visando à superação de práticas excludentes da convivência social e o respeito à legalidade. Entretanto, avanços ainda são necessários para a efetiva garantia do direito à convivência familiar e comunitária.