Microencapsulação de fisetina via osmoporação em célula de bactéria probiótica (Lactobacillus acidophilus): parâmetros do processo, bioacessibilidade e incorporação em bebida láctea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Andrade, Eduardo Wagner Vasconcelos de
Orientador(a): Hoskin, Roberta Targino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30702
Resumo: A incorporação da fisetina em produtos alimentícios é limitada por sua baixa solubilidade aquosa e instabilidade química e enzimática. Nesse sentido, esse estudo propõe sua encapsulação na célula da bactéria probiótica Lactobacillus acidophilus via osmoporação. Para tanto, inicialmente a influência de parâmetros selecionados do processo (concentração de fisetina e pressão osmótica) na eficiência de encapsulação foi avaliada. Feito isso, a encapsulação foi confirmada pela caracterização estrutural das biocápsulas (por espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier e calorimetria exploratória diferencial). Em seguida, o comportamento das biocápsulas em ambiente gastrointestinal simulado in vitro e em bebida láctea fermentada (sistema-modelo) foram analisados. Os resultados obtidos mostraram maior eficiência de encapsulação (28%) para fisetina a 2 mg.ml-1 e pressão osmótica de 15 MPa (513 g de glicerol/1000 g de água). Adicionalmente, as curvas de calorimetria exploratória diferencial (DSC) apontam a internalização de fisetina no citoplasma, bem como, sua adsorção na superfície celular. Ao final da simulação in vitro em ambiente gastrointestinal, a bioacessibilidade da fisetina encapsulada alcançou 45,9%, enquanto na forma livre, apenas 0,7%. As biocápsulas de fisetina foram adicionadas em leite e observou-se que o teor de fisetina liberado durante a fermentação láctea aumentou consideravelmente a atividade antioxidante da bebida fermentada (95,3%) por 14 dias e o teor de fisetina encapsulado manteve-se elevado (85%) por 28 dias. Portanto, os resultados demonstram que a encapsulação de fisetina em célula de L. acidophilus via osmoporação é uma técnica simples e eficiente para aplicações na indústria de alimentos.