Caboclos do Assú: cosmografia e identidade étnica no Rio Grande do Norte (C.2005-2020)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Monteiro, Kamyla Raphaely Macêdo
Orientador(a): Maia, Ligio José de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32107
Resumo: Em nível nacional, podemos entender que a emergência étnica não se trata de um evento novo, diferente do âmbito do estado do Rio Grande do Norte, que mostra um processo de autoafirmação étnica bastante recente, se contrapondo à historiografia oficial, a qual relega os índios ao desaparecimento. Os Caboclos do Assú, nosso objeto de estudo, dentre os demais grupos indígenas emergentes do estado, estão se (re)definindo enquanto sujeitos historicamente ativos e politicamente conscientes, uma vez que manifestam suas insatisfações diante de processos políticos e ideológicos, que os deixaram à margem da sociedade. E, por outro lado, da necessidade que têm de tomarem para si a defesa de uma identidade diferenciada, mostrando que a história indígena do Rio Grande do Norte está marcada por conflitos e lutas, principalmente no que se refere à sua territorialização, estando longe desse propalado “desaparecimento” indígena na historiografia. Desta forma, foi analisando o processo atual (c. 2005-2020) de emergência étnica e construção de uma identidade diferenciada e territorial da Comunidade dos Caboclos do Assú/RN, através do uso de um conjunto de diferentes registros escritos (relatórios, atas, artigos de jornais) e utilizando a metodologia da história oral, momento em que conseguimos um conjunto expressivo de entrevistas que contribuíram na maior parte do acervo desta pesquisa, assim, mostramos para a sociedade esses povos como suscetíveis às políticas específicas das populações indígenas.