Cartografias identitárias do Assu: a construção de uma terra de história, poesia e tradição.
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2551 |
Resumo: | Este trabalho problematiza a construção do espaço assuense enquanto uma terra de história, poesia e tradição e, concomitantemente, a composição de uma prática imagético-discursiva necessária para tal ação acerca da cidade do Assú, localizada no sertão do Estado do Rio Grande do Norte. Interrogam-se aqui as "linhas" que delinearam a "naturalidade" de uma cartografia harmonicamente articulada em torno de uma história quase épica e uma "vocação" poética, por sua vez, tidas como tradicionais. Trata-se de um estudo que pretende contribuir para o conhecimento das relações entre discurso, identidade, História e espaço no âmbito do saber histórico. Parte-se do referencial teórico da análise do discurso proposta por Foucault, que projeta a linguagem como pragmática, promotora de ações, inclusive responsável pela invenção de espaços de saber e poder. Opera-se aqui por meio do método arqueológico/genealógico foucaultiano, oportunidade na qual as escritas e imagens são analisadas como enunciados e, por conseguinte, como acontecimentos discursivos. Assim, se realiza a decomposição das camadas discursivas que foram sedimentadas por poemas, imagens, hinos, matérias jornalísticas, discursos acadêmicos, escritas memorialísticas, entre outras. Este acúmulo de discursos alicerçou a construção da identidade espacial assuense com base nas concepções de "cidade antiga e tradicional", "terra dos verdes carnaubais", "cidade dos poetas" e "Atenas Norte-Rio-Grandense". Portanto, este estudo descortina a operação estratégica de constituição de um espaço arquetípico no cenário cultural potiguar entre as décadas de 1920 e 1990, permitindo o lançamento de questionamentos sobre a história e poesia que investem na positividade do discurso da "tradição" assuense. |