Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maria Suelhia Élica de Lima |
Orientador(a): |
Guimarães, Jacileide |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E SOCIEDADE
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46974
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Resumo: |
O suicídio é um problema de saúde pública que afeta famílias, comunidades e a sociedade como um todo. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a prevenção ao suicídio deve ser considerada prioridade na saúde pública. Nesse contexto, a Atenção Básica (AB) por ser porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), exige que seus profissionais estejam qualificados para assistir aos usuários dos serviços e identificar os fatores protetivos e de prevenção ao suicídio, garantindo-lhes assistência e acompanhamento adequados. Este estudo objetivou analisar o conhecimento e a vivência traduzidos nas práticas de profissionais de saúde da Atenção Básica sobre o fenômeno do suicídio no município de Parnamirim/RN. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, de abordagem qualitativa realizado com 15 enfermeiros das equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF). Para tanto, a coleta de dados foi realizada a partir de entrevistas individuais semiestruturadas, após o consentimento e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) da pesquisa. Foram considerados os aspectos éticos conforme a Resolução n° 466/2012-CNS. Os dados recolhidos foram analisados à luz do método de análise de conteúdo temática. Elencou-se as seguintes categorias de análise: CATEGORIA 1 - Práticas de profissionais de saúde da Atenção Básica sobre o fenômeno do suicídio, com as subcategorias: 1.1. O cuidado às pessoas com ideação suicida e tentativa de suicídio acompanhadas pela Atenção Básica e, 1.2. Interferências ao cuidado em saúde mental na Atenção Básica à Saúde; CATEGORIA 2 - Ações de prevenção ao suicídio desenvolvidas na Atenção Básica; CATEGORIA 3 - Suicídio e práticas preventivas, conhecendo os limites e potencialidades, com as subcategorias: 3.1. Potencialidades e limites identificados para o desenvolvimento de práticas de prevenção ao suicídio no território e, 3.2. Desafios para a prevenção do suicídio frente ao contexto da pandemia de covid-19. Evidenciou-se que o cuidado em saúde mental na atenção básica ainda acontece de forma incipiente e voltado ao modelo biomédico, com os profissionais apresentando pouca aproximação com essa área de atenção. Quanto ao cuidado às pessoas com comportamento suicida, foram relatadas dificuldades quanto a abordagem e manejo desse fenômeno. As ações de prevenção ao suicídio acontecem circunscritas a campanha denominada “Setembro amarelo” e os fatores limitantes referem-se a falta de apoio de gestão, a necessidade de educação permanente, a ausência de matriciamento e a fragmentação da Rede de Atenção Psicossocial. Apesar das dificuldades encontradas, os participantes apontaram potencialidades que contribuem para que as atividades preventivas aconteçam, quais sejam: a presença da AB e equipes de ESF com profissionais comprometidos com o território e o estabelecimento de vínculo, bem como a parceria intersetorial com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Como produto do mestrado profissional e da pesquisa realizada, apresentamos um guia prático para a prevenção da ocorrência do fenômeno do suicídio no cotidiano de profissionais da ESF/AB intitulado Prevenindo o suicídio na Atenção Básica à saúde. Considera-se que estudar as práticas dos profissionais sobre o fenômeno do suicídio na Atenção Básica, porta de entrada das demandas de saúde entre elas, às referentes à saúde mental, possibilita identificar os limites e potencialidade existentes no serviço, o que poderá contribuir para os profissionais da ESF/AB repensarem sua práxis e buscarem identificação precoce e intervenções de prevenção do comportamento e do ato suicida. |