Percepção dos profissionais das equipes de saúde da família acerca dos elementos de seu processo de trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Linhares, Marllon Sousa
Orientador(a): Távora, Rafaela Carolini de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - FACISA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28329
Resumo: Partindo do pressuposto que o processo de trabalho é formado por objetivos ou finalidades, objeto, meios e condições, agente ou sujeito, o presente projeto tem como objetivo analisar a percepção dos profissionais das equipes de Saúde da Família do município de Santa Cruz-RN acerca dos elementos do seu processo de trabalho. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, com 12 sujeitos participantes, metade da zona urbana e o restante da zona rural. Diante dos elementos apresentados e das discussões realizadas com vistas à elucidação dos objetivos propostos, percebeu-se que ano de formação dos profissionais abrangeu a década de 2000 e de 2010, a maioria dos profissionais realiza suas atividades de trabalho somente na ABS, com o regime de 40 horas semanais, vinculados por concurso público. A partir das transcrições e análises das entrevistas emergiram quatro categorias: incompreensão entre objetos, instrumentos e finalidades; objetivos diversos; tensões no cotidiano; qualidade do processo de trabalho. Tais falas foram analisadas seguindo as orientações da Análise de Discurso Crítica. Observou-se que muitos profissionais não souberam diferenciar objetos, instrumentos e objetivos no seu processo de trabalho, bem como apresentaram finalidades diversas, como a restauração da saúde bucal, até as que abrangiam prevenir doenças e promover saúde. A falta de instrumentos, a estrutura inadequada, a comunicação deficitária e o vínculo, ou a falta dele, com os usuários foram apresentados como tensões no cotidiano das práticas de saúde. Podendo esses serem elementos que comprometem o processo de trabalho das equipes. Esta pesquisa construiu espaços de falas nos quais os integrantes das eSF puderam refletir sobre seu processo de trabalho a partir das suas próprias percepções, o que pode ter gerado incômodos aos sujeitos, e também contribuiu na desconstrução de formas de trabalho encontradas.