Ferramentas tecnológicas do núcleo de apoio à saúde da família: a perspectiva da equipe de Saúde da Família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Jucá, Adriana Lobo
Orientador(a): Medeiros, Kátia Rejane de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/18462
Resumo: O hiato entre a criação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e a indicação do referencial teórico, diretrizes e ferramentas tecnológicas que norteariam o trabalho do Nasf permitiu que aos municípios tivessem ainda mais autonomia para criar suas próprias formas de organizar e operacionalizar este serviço. O presente estudo propõe analisar a compreensão das equipes de Saúde da Família (EqSF) a respeito do Nasf e suas ferramentas tecnológicas nos municípios de Camaragibe, Olinda e Recife. Corresponde a um estudo de múltiplos casos, de abordagem qualitativa, que recorreu à pesquisa documental e aplicação da técnica de grupo focal, analisados na perspectiva da análise de conteúdo. Os resultados demonstram que há singularidades entre os três municípios estudados no que diz respeito ao entendimento que as EqSF possuem sobre o Nasf, onde, quanto mais integrado e colaborativo é o trabalho entre as equipes, maior é a capacidade dos profissionais de identificar adequadamente os objetivos, diretrizes e forma de atuação do Nasf. Já em relação às ferramentas tecnológicas destaca-se que nenhum dos grupos foi capaz de conceituar ou descrever detalhadamente como as utiliza, porém, as declarações sugerem tendências da utilização de algumas dessas ferramentas, notadamente o Apoio Matricial e o Projeto Terapêutico Singular. A Clínica Ampliada e a Pactuação do Apoio, surgiram de forma bastante velada, enquanto o Projeto de Saúde no Território, além de não ter sido lembrado diretamente por nenhum dos grupos focais, também não pôde ser observado na descrição das práticas em saúde. Esta pesquisa possibilitou ainda que os profissionais refletissem sobre as circunstâncias que o trabalho interprofissional exige e que também cabe a elas resgatar e estimular a relação com a EqNasf. Dessa maneira, recomenda-se que as pesquisas futuras não procurem apenas ampliar o conhecimento científico quanto à estruturação e à implantação das ferramentas tecnológicas, mas que também possam ser geradoras de processos reflexivos, contribuindo para a mudança do modelo assistencial