Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Bruno Rafael Costa Venâncio da |
Orientador(a): |
Cooper, Jennifer Sarah |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32887
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Resumo: |
O espanhol é falado em mais de vinte países ao redor do mundo e sua significativa diversidade linguística é uma de suas maiores riquezas. Este fenômeno, além disso, observa-se de maneira especial quando evidenciamos que suas variedades conservam um standard comum que possibilita, quase sempre, a intercompreensão entre falantes de diferentes regiões, especialmente no nível culto. Consideramos que este fato não deveria ser esquecido por profissionais brasileiros que atuam no ensino deste idioma na hora de preparar suas aulas, elaborar materiais e programar cursos. As necessidades, gostos e expectativas dos nossos estudantes com respeito ao conhecimento das variedades linguísticas do espanhol e a proximidade geográfica que tem nosso país com o entorno multidialetal da língua espanhola são razões suficientes para repensar a sua inserção. Infelizmente, observamos tendências homogeneizadoras e eurocêntricas que impedem o tratamento plural da língua espanhola na educação brasileira. Assim, o objetivo de nossa pesquisa é descrever o panorama do ensino do espanhol em relação à presença e tratamento dos fenômenos de variação linguística, especificamente no nordeste brasileiro, para detectar os problemas que envolvem sua aplicação e propor uma lista de conteúdos de variantes fonéticas e gramaticais para os três anos do ensino médio. Para isto, coletamos dados em diferentes âmbitos onde pode estar presente a variação linguística: formação de professores de espanhol, livros didáticos, crenças, atitudes e conhecimento dos docentes sobre este tema. Devido a esta diversidade de campos de pesquisa, utilizamos vários procedimentos metodológicos no desenvolvimento da coleta e interpretação dos dados. A fundamentação teórica da nossa tese doutoral se baseia em diversos campos do conhecimento mas, sobretudo, nos estudos de variação linguística da Sociolinguística como Labov (2008), Tagliamonte (2006), López Morales (2015), Calvet (2011), Lucchesi (2004), Moreno Fernández (2009, 2012) e de autores que defendem um ensino plural com respeito às variedades do espanhol tais como Andión (2007, 2008, 2013, 2019, 2020), Andión y Casado (2014), Moreno Fernández (2004, 2007, 2010, 2017) e Acuña (2015). Os resultados das análises demostram que as variedades linguísticas do espanhol são tratadas ainda de forma anedótica, superficial e sem uma sequência lógica de conteúdos, apesar de que os professores, os cursos superiores e os manuais dos professores dos livros didáticos enfatizam sua importância na sala de aula. Nossa proposta de lista de conteúdos estabelece critérios para a inclusão e o tratamento dos principais fenômenos de variação fonético-fonológica e gramatical para nosso contexto de ensino. Desta maneira, esperamos contribuir para que tanto docentes quanto elaboradores de materiais didáticos para espanhol como língua estrangeira no Brasil possam encontrar informação sociolinguística e didática sobre as variantes que pretendem ensinar ou contemplar nos livros. |