Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Souza, Yuri Gomes de |
Orientador(a): |
Costa, Diógenes Felix da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46831
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Resumo: |
Com ocorrência entre as faixas terra-mar, o ecossistema de manguezal desempenha papéis importantes na absorção e estoque de CO2, na manutenção da biodiversidade, na filtragem de águas e no controle da erosão costeira. Embora tamanha relevância, esse ecossistema tem sido apontado como um dos mais impactados, especialmente pelos eventos de ordem climática e pelos históricos de ocupação humana na zona costeira. Considerando isso, criou-se uma demanda por pesquisas que ampliem o diálogo voltado a qualidade ambiental do manguezal a partir da identificação, quantificação, fragmentação, densidade, captura de carbono e valoração da sua biodiversidade. Portanto, o objetivo dessa pesquisa foi avaliar a distribuição espacial, os padrões métricos e de densidade do manguezal que integra o Complexo Estuarino do Rio Piranhas-Açu/RN, assim como o potencial à captura de carbono atmosférico e o valor monetário da sua vegetação de mangue. Como procedimentos metodológicos, seguiu-se os seguintes passos: 1) Levantamento bibliográfico; 2) Identificação das feições do manguezal em 2008 e 2021; 3) Aplicação das métricas de paisagem nos fragmentos de mangue de ambos os anos; 4) Com base nos fragmentos de mangue de 2021, calculou-se os seguintes índices: Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), Índice de Reflectância Fotoquímica (PRI), Índice de Refletância Fotoquímica Melhorado (sPRI - dados do PRI positivos) e o Índice de Vegetação de Fluxo de Carbono (CO2flux); e 5) Com base nos fragmentos de mangue de 2008 e 2021, foi realizada a estimativa monetária por meio do método de transferência de valor. Como resultados, realizou-se o mapeamento do manguezal, onde se observou que a vegetação ocupava em 2008 3.168,1 ha (39,2%), o apicum 2.514,5 ha (31,1%) e os estuários/canais de maré 2.396,3 ha (29,7%). Em 2021, verificou-se que essa vegetação ocupava 2.838,3 ha (36,7%), o apicum 2.438,1 ha (31,6%) e os estuários/canais de maré 2.444,9 ha (31,7%). Quanto às métricas de paisagem, percebeu-se o aumento na fragmentação, com o acréscimo de 230 novas manchas na última década. Em relação à forma dos fragmentos, grande parte encontraram-se irregulares ou pouco compactos, bem como com indicativo progressivo de efeito de borda com o aumento da relação perímetro-área nas manchas, ao logo do tempo analisado. Sobre a métrica do vizinho mais próximo, notou-se que a média de distância entre os fragmentos em 2008 e 2021 foi de 25 m e 19 m, respectivamente. Em relação à densidade e capacidade fotossintética da vegetação à absorção de CO2, observou-se que o NDVI indicou a ocorrência de dosséis esparsos, semidensos e densos; o PRI apontou plena atividade fotossintética entre as plantas, embora com maior eficiência entre os dosséis semidensos e densos. Esse resultado foi confirmado com o sPRI e o CO2flux, visto que quanto maiores foram seus valores, maior seria a capacidade de captação do CO2 atmosférico. Em termos da valoração dos bosques de mangue, pôde-se estimar que em 2008 o potencial de fornecimento de serviços ficou quantificado em US$ 793.634.144,79, enquanto que em 2021 decresceu para US$ 711.015.578,21, em decorrência da diminuição em área dos fragmentos de mangue, o que suscitou na redução total de US$ 82.618.566,58. |