Myxomycetes em áreas de caatinga e brejo de altitude no Sertão de pernambuco, brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: SILVA, Nylber Augusto da
Orientador(a): ANDRADE, Laise de Holanda Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10915
Resumo: Nas ultimas décadas estudos sobre a mixobiota em ambientes áridos e semiáridos no mundo têm revelado a ocorrência de novos táxons para a Ciência, além de evidenciarem uma mixobiota rica e diversificada. No Brasil, uma extensa região semiárida esta inserida no Nordeste, que tem a Caatinga como bioma principal. Estudos sobre a mixobiota em áreas de caatinga ainda são escassos e os poucos trabalhos existentes contemplam pequenas áreas dos estados da Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Piauí. Com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre a mixobiota na região semiárida brasileira, foram realizadas três excursões com coletas em áreas de caatinga e floresta úmida submontana (Brejo de Altitude) nas estações chuvosa (janeiro e março) e início da estiagem (junho) de 2011, nos municípios de Mirandiba (Microrregião de Salgueiro), Serra Talhada e Triunfo (Microrregião do Pajeú), todos localizados na Mesorregião do Sertão pernambucano. Durante as coletas foram examinados substratos potencialmente favoráveis à ocorrência de mixomicetos (troncos em decomposição, folhedo, plantas suculentas e excrementos de herbívoros) ao longo de transectos de 100 m, com pontos de coleta estabelecidos a cada 10 m. Exsicatas representativas do material examinado encontram-se depositadas no Herbário UFP, da Universidade Federal de Pernambuco. Foram obtidos 204 espécimes coletados diretamente no campo e identificadas 37 espécies, pertencentes aos seguintes táxons: Ceratiomyxales, Ceratiomyxaceae (Ceratiomyxa, 1sp.); Liceales, Cribrariaceae (Cribraria, 4spp.), Reticulariaceae (Dictydiaethalium, 1sp., Lycogala, 2spp., Reticularia, 1sp., Tubifera, 1sp.); Physarales, Didymiaceae (Didymium, 4 spp.), Physaraceae (Badhamia, 1sp., Craterium, 1sp., Fuligo, 1sp., Diachea, 1sp., Physarum, 9 spp.); Trichiales, Trichiaceae (Arcyria, 2spp., Hemitrichia, 2spp.) e Stemonitales, Stemonitaceae (Comatricha, 1sp., Stemonitis, 3spp., Stemonitopsis, 2 spp.). A mixobiota presente na área do Brejo de Altitude foi mais abundante que nas duas áreas de Caatinga, destacando-se as famílias Trichiaceae e Physaraceae, pela abundância e diversidade, respectivamente. O grupo ecológico lignícola foi predominante nos ambientes estudados. Fuligo megaspora Sturgis constitui primeira referência para a região Nordeste e Didymium perforatum Yamash para o Brasil.