Avaliação dos serviços ecossistêmicos prestados pelas áreas úmidas costeiras da zona estuarina no rio Piranhas-Açu (RN/NE - Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Saldanha, Denise Santos
Orientador(a): Costa, Diógenes Felix da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
SIG
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30260
Resumo: Os trabalhos referentes aos serviços ecossistêmicos têm ganhado destaque no meio acadêmico devido a sua suma relevância. A geografia analisa as relações existentes entre o homem e os ecossistemas na dinâmica da prestação dos serviços em prol do bem estarhumano, avaliando sua distribuição e/ou espacialização. Dentro dessa perspectiva, esse trabalho tem as áreas úmidas costeiras como objeto de estudo, partindo do objetivo geral de avaliar a dinâmica da prestação de serviços ecossistêmicos pelas áreas úmidas costeiras na zona estuarina do rio Piranhas-Açu no estado do Rio Grande do Norte. Para a análise multitemporal das áreas úmidas costeira, foram utilizadas imagens de satélites: CBERS4 (2019); CBERS2b (2009); IKONOS e LANDSAT 5 (2000) e fotografias aéreas (1968), a identificação se deu a partir da classificação orientada do objeto; seguida da classificação dessas áreas úmidas a partir da metodologia proposta por Junk et al. (2015) e Soares et al. (2015). Quanto a classificação dos serviços ecossistêmicos identificados, utilizou-se a CICES (Commom International Classification of Ecosystem Services), classificando os serviços em provisão e manutenção/regulação, avaliando os impactos que os ecossistemas naturais sofreram com as interferências do homem e como isso vem a interferir na prestação dos serviços. Como resultado, foram identificados seis ecossistemas costeiros inseridos na planície hipersalina (estuário, lagoas costeiras, manguezal, apicum, salinas solares e carcinicultura), partindo da análise multitemporal das áreas úmidas costeiras, que demonstra como se deu a configuração da área de estudo ao longo dos anos e quais serviços ecossistêmicos são prestados por esse ambiente numa escala de paisagem, avaliando as interferências frente as ações humanas. Posto isso, pode-se dizer que a análise multitemporal realizada na área de estudo foi um dos pontos importantes trabalhado nessa pesquisa. Obteve-se que durante o ano de 1968 as áreas úmidas naturais eram predominantes na área de estudo e foi a partir da década de 1970 que começaram os avanços do polo salineiro e da carcinicultura, tendo assim no ano 2000 uma mudança no cenário, onde as salinas solares já eram responsáveis por configurar grande parte da planície hipersalina, sendo a partir desse ano que os ecossistemas artificiais obtiveram uma maior predominância na zona estuarina. A partir da análise dos serviços ecossistêmicos, pode-se perceber a partir do apanhando geral que as áreas úmidas costeiras que mais prestam serviços ecossistêmicos são o manguezal (ecossistema natural) e salinas solares (ecossistema artificial). Portanto, nesta dissertação foi trabalhada a importância das áreas úmidas costeiras no âmbito ecológico, entendendo a partir da paisagem a relação do homem com os habitats na prestação dos serviços ecossistêmicos.