As ações das equipes volantes dos Centros de Referência de Assistência Social no Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Nascimento, Marília Noronha Costa do
Orientador(a): Oliveira, Isabel Maria Farias Fernandes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20268
Resumo: A compreensão da Assistência Social como política pública tem como um dos principais pressupostos o princípio da territorialização, que significa o reconhecimento de que as particularidades do território fazem diferença no manejo da política. Para operacionalizar esse e outros princípios, a Política Nacional de Assistência Social organiza-se no Sistema Único da Assistência Social (SUAS) que, por sua vez, hierarquiza-se em proteção social básica e especial. A organização da proteção social básica é de responsabilidade dos CRAS, cujo objetivo é atuar no âmbito da prevenção de riscos sociais por meio do desenvolvimento de potencialidades e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Em contextos em que o território possui grande extensão, espalhamento, difícil acesso e ou presença de populações tradicionais, como comunidades indígenas e quilombolas, Equipes Volantes são implantadas para compor a equipe dos CRAS. No Rio Grande do Norte, essas equipes estão presentes em municípios de pequeno porte e próximas a áreas rurais, onde estão os grandes focos da pobreza extrema. Diante dessa realidade, o objetivo geral desta dissertação foi investigar como as ações das equipes volantes de CRAS respondem às demandas de seus territórios de abrangência no Rio Grande do Norte. Para isso, foram mapeadas todas as equipes volantes existentes e em funcionamento no estado e, em seguida, realizadas oito entrevistas semiestruturadas com equipes atuantes em sete municípios de pequeno porte do RN. As informações foram sistematizadas e agrupadas em categorias gerais para análise qualitativa do conteúdo textual, na tentativa de apreender a realidade investigada em sua totalidade e processualidade. Os resultados apontam que as equipes volantes investigadas ainda são recentes no estado, compostas predominantemente por assistentes sociais, mas profissionais da psicologia e pedagogia também fazem parte de algumas delas. De um modo geral, diante da recenticidade, da falta de infraestrutura e da quantidade de comunidades rurais espalhadas pelos territórios, a presença das equipes nas áreas rurais se torna esporádica e acaba por fragilizar a continuidade das ações. Aliado a isso, o conhecimento das profissionais sobre a realidade dos territórios ainda aparenta ser precário, pois a busca pelas demandas e necessidades das famílias não é sistemática e organizada. Por outro lado, foi possível identificar que algumas equipes realizam estratégias e ações que buscam romper com os limites existentes e com as práticas assistencialistas tradicionais, promovendo articulação com organizações comunitárias, movimentos sociais e outros equipamentos sociais que estão mais próximos às famílias.