Representação da opressão de gênero e da resistência: uma análise dialógica da protagonista do romance infantojuvenil Angélica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Dantas, José Cláudio Gomes
Orientador(a): Melo Júnior, Orison Marden Bandeira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/54334
Resumo: Os estudos analíticos realizados a partir da literatura infantojuvenil têm se mostrado uma grande contribuição para a literatura, bem como sido palco de muitas discussões em pesquisas no espaço acadêmico. Nesse sentido, esse estudo acrescenta ao acervo já existente dos estudos literários uma discussão que busca compreender em que medida os discursos de opressão de gênero e de resistência constituem a formação ideológica da protagonista do romance Angélica (1975/2019), de Lygia Bojunga Nunes. Ademais, com base nesse diálogo, pretende discutir como se dá a construção da formação ideológica de personagens sob a perspectiva da teoria de Bakhtin a partir dos discursos de opressão de gênero e resistência introduzidos na narrativa. O campo da zooliteratura, conceituado por Maciel (2007; 2008; 2011; 2016a; 2016b), entre outros autores, coopera com a teoria do dialogismo do Círculo bakhtiniano (Bakhtin, Volóchinov e Medviédev) para a análise do romance. Quanto à metodologia utilizada, trata-se de uma pesquisa bibliográfica norteada pela noção do Círculo de que a verdadeira análise literária parte do próprio texto em sua relação com a cultura e o “grande tempo”. Os resultados finais deste estudo dialógico apontam para o reconhecimento do posicionamento axiológico de rejeição ao discurso autoritário patriarcal de silenciamento da personagem feminina e de sua resistência, representada pela personagem-animal Angélica.