A representação do negro na literatura infantojuvenil de Ana Maria Machado
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2447 |
Resumo: | É perceptível, nos últimos anos, uma tendência de desconstrução dos estereótipos acerca do negro na literatura infanto-juvenil brasileira, o que é ratificado quando observamos a forma como as narrativas contemporâneas oportunizam as personagens falarem sobre si e aos leitores ouvirem as vozes das margens. Tal tendência reflete um movimento de invocação ao supracitado gênero literário, inaugurado no Brasil por Monteiro Lobato, na década de 1920, e seguido por outros autores como Ana Maria Machado, a qual apresenta em sua produção ficcional uma ressignificação da imagem do negro, rompendo com os moldes da tradição e desconstruindo estereótipos e preconceitos historicamente construídos. As personagens aqui analisadas, através das suas construções físicas e psicológicas, permite-nos refletir acerca do racismo, mascarado pelo “mito da democracia racial” em nosso país, porém a evocação da miscigenação é refutada na prática, haja vista a persistência do que se convencionou denominar “racismo à brasileira”. Pelo exposto, torna-se notório que a proposta aqui empreendida objetiva analisar a desconstrução de estereótipos acerca do negro na obra de Ana Maria Machado, evidenciando a presença de um estilo de discurso inovador, que valoriza as características étnico-raciais do negro. Para tanto analisamos as personagens que compõem as obras: Do outro lado tem segredos, Menina Bonita do Laço de Fita, Do outro mundo, O mistério da ilha: mandingas da Ilha Quilomba, O canto da praça e outras obras que seguem a mesma linha. Este trabalho pretende, portanto, contribuir, através de reflexões e contrapontos, com a desconstrução de estereótipos que acometem a população negra no âmbito literário, o que favorece uma autoaceitação identitária desde a infância. impulsionada por um processo de valorização das características fenotípicas do negro e evocação à cultura da africanidade. Para tanto valemo-nos teoricamente dos mais renomados autores que se dedicam a linha de pesquisa aqui proposta tais como Rosemberg (1979 e 1985); Abramovich (1983 e 2004); Gouvêa (2005); Palo e Oliveira (2011) e Jovino (2006) dentre outros. |