Experiências subjetivadoras no limite da pele: Uma análise de práticas discursivas inscritas em tatuagens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bezerra, Josenildo Soares
Orientador(a): Silva, Marluce Pereira da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19385
Resumo: Esta pesquisa tem como objeto o estudo da constituição de subjetividades em práticas discursivas inscritas em textos imagéticos e verbais de tatuagens. Busca-se apreender efeitos de sentidos que traduzem emoções, experiências e desafetos que marcaram e/ou transformaram a vida de sujeitos tatuados. Esta tese foi ancorada em teorizações foucaultianas (1990, 2010, 2012) que abordam modos de subjetivação a partir das tecnologias da escrita de si, transgressão como ultrapassagem dos limites, abrindo novas possibilidades para o sujeito discursivo produzir o cuidado de si. Ainda se utilizam noções advindas da análise de discurso francesa (AD), como interdiscurso e memória discursiva. A pesquisa de natureza qualitativa tenciona contribuir para a compreensão do discurso enquanto prática social, constituidor de sentidos de maneiras de ser do sujeito, bem como produção de discursividades acerca de normas sociais. O corpus se constitui de depoimentos e textos imagéticos e verbais de cinco sujeitos, entre os dez entrevistados, que tatuaram experiências vivenciadas na pele. Os resultados apontam dados que demonstram a constituição de si por meio de experiências vividas e impressas na pele. Os sentidos gerados na pele constituem tipos de subjetividades que refletem felicidade, superação, proteção e imortalidade. Conclui-se que os sujeitos se posicionam discursivamente de forma a reconstruírem seus corpos e experiências o quanto for necessário e que as imagens e os enunciados registrados nos corpos produzem efeitos de sentidos em torno da reflexão sobre os modos de vida e sobre as escolhas de existência de cada um/a dos/ tatuados/as.