Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Bordon, Lucely Ginani |
Orientador(a): |
Siqueira, Mariana de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46525
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Resumo: |
A Teoria da Reprodução Social resgata o conceito de reprodução social desenvolvido pelo Feminismo Marxista para uma construção unitária das relações sociais capitalistas que melhor apreenda a categoria de totalidade social marxiana. Logo, enquanto uma teoria social, a Teoria da Reprodução Social contribui para formular explicações teóricas acerca dos fenômenos sociais, incluindo o objeto da presente pesquisa: o aumento global da criminalização de mulheres no neoliberalismo. Assim, com o objetivo de analisar teoricamente o aumento global da criminalização de mulheres a partir do advento do neoliberalismo, essa dissertação propõe um diálogo entre a Teoria da Reprodução Social e a Crítica Marxista ao Direito, aqui formada pela combinação entre a clássica crítica à forma jurídica de Evguiéni B. Pachukanis e a recente teoria da reprodução sócio-jurídica do capital teorizada por Guilherme Gonçalves. Como o diálogo entre Teoria da Reprodução Social e Crítica Marxista ao Direito pode auxiliar a compreender teoricamente o fenômeno do aumento global da criminalização de mulheres no neoliberalismo? Trata-se, então, de uma pesquisa explicativa e de abordagem qualitativa, que utiliza técnicas de revisão bibliográfica e documental, baseada em marcos teóricos comprometidos com o método materialista histórico dialético. Essa abordagem aponta as duas dimensões essenciais para analisar o aumento global da criminalização de mulheres no neoliberalismo: inserir tanto a esfera da reprodução social quanto o fenômeno jurídico nas relações sociais capitalistas. Assim, concluiu-se que a criminalização de mulheres é etapa da violência jurídica decorrente da expropriação capitalista com o fim de disciplinamento social, e que é no contexto de crise da reprodução social neoliberal que se deu a formação das condições pelas quais mais mulheres passaram a ser criminalizadas. Ao demonstrar como a criminalização de mulheres é determinante no capitalismo neoliberal, essa dissertação contribui para o projeto coletivo da Teoria da Reprodução Social de compreender quais são os pontos de determinações e/ou contradições que devem necessariamente ser compreendidos como constitutivos do capitalismo para, então, serem considerados para sua superação dentro dele. |