Nos meandros do arquivo e da história: (des)caminhos da memória nos filmes-ensaio de João Moreira Salles (2007-2017)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Piassi, Vinícius Alexandre Rocha
Orientador(a): Santiago Júnior, Francisco das Chagas Fernandes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/53562
Resumo: Esta tese apresenta uma pesquisa sobre as cartografias afetivas construídas com imagens de arquivo nos ensaios documentais de João Moreira Salles, Santiago (2007) e No IntensoAgora (2017). De sua extensa produção como documentarista, roteirista e produtor do cinema brasileiro, destacamos esses dois títulos para compor o corpus principal desta pesquisa por seu cariz autobiográfico e pelos modos como, em cada produção, mobiliza- se um olhar introspectivo para as memórias pessoais do cineasta e para seus dramas familiares, utilizandose de imagens de arquivo à maneira do filme-ensaio. Tais filmes constroem uma perspectiva histórica sobre o passado a partir de uma abordagem que realça a memória e a história, transitando entre as dimensões do privado e do coletivo. Metodologicamente, partindo da análise fílmica, a argumentação remete a apreciação crítica dessas obras a um corpus fílmico expandido que abrange a filmografia do diretor e produções culturais com as quais ela dialoga, bem como a materiais extra fílmicos, como informações adicionais contidas nos DVDs, cartazes de divulgação, entrevistas, ensaios jornalísticos, críticas de cinema, resenhas e artigos impressos e disponíveis na internet. Desse modo, identificamos como o diretor desenvolve em seus últimos filmes a elaboração de memórias autobiográficas, familiares e coletivas por meio do cinema criando narrativas em forma de itinerários, roteiros ou percursos, nos quais a figuração dos espaços como imagem é fundamental para a construção do sentido histórico das experiências narradas.