Restrição de crescimento extrauterino e fatores preditores da evolução nutricional em recém-nascido de muito baixo peso alimentados com leite humano e assistido pelo método mãe-canguru

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Barreto, Anna Christina do Nascimento Granjeiro
Orientador(a): Maranhão, Hélcio de Sousa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL RIO GRANDE DO NORTE
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28491
Resumo: Com o aumento da sobrevida de recém-nascidos de muito baixo peso, os cuidados relacionados à nutrição desses pacientes adquirem importância crescente devido à grande prevalência de restrição de crescimento extrauterino (RCEU) e suas conseqüências em curto e longo prazo. Diante de tema tão importante nos dias atuais, esse estudo teve como objetivo determinar a prevalência de RCEU e identificar os fatores preditores da evolução nutricional. Trata-se de estudo transversal realizado na Maternidade Escola Januário Cicco, hospital de ensino da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no período de julho/2005 a agosto/2006. Foram analisados 112 recém-nascidos de muito baixo peso admitidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e que participaram da 1ª e 2ª etapa do Método Mãe-canguru. Todos os pacientes foram alimentados com leite materno não fortificado e nenhum recebeu nutrição parenteral. As variáveis dependentes "dias para atingir o peso mínimo" e "para recuperar o peso de nascimento", "percentual de perda ponderal" e "agravamento do estado nutricional (obtida pela subtração do escore Z P/I na alta hospitalar do escore Z P/I do nascimento)" foram transformadas no fator denominado "evolução nutricional", através de análise fatorial. Em seguida, procurou-se determinar os fatores preditores desse desfecho. As técnicas estatísticas utilizadas foram Teste t de Student, regressão linear simples e múltipla. Foi considerado significante p < 0,05. O programa estatístico utilizado foi Stata 10.0. O peso mínimo foi atingido, em média, aos seis dias e os recém-nascidos recuperaram o peso do nascimento em 17,3 dias, após perda ponderal de 13,3%. A dieta enteral foi iniciada, em média, com 1,58 dias. O aporte calórico e proteico médio durante o internamento foi 94,3 kcal/kg/dia e 1,67 g/kg/dia, respectivamente. Na alta hospitalar, 89,3% dos pacientes apresentavam RCEU. As variáveis preditoras da pior evolução nutricional foram: ser adequados para idade gestacional, idade materna ≤ 20 anos, maior tempo de internamento na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e para atingir nutrição enteral plena, além de necessidade de ventilação mecânica. Portanto, a prevalência de RCEU é elevada, existindo vários fatores preditores da evolução nutricional. Esse estudo apresentou perfil multidisciplinar com contribuição de profissionais de várias áreas do conhecimento científico, seguindo os preceitos do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFRN.