Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Salgado, Giovana Gleysse de Miranda |
Orientador(a): |
Méio, Maria Dalva Barbosa Baker |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54312
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Resumo: |
Introdução: Diretrizes internacionais recomendam que os recém-nascidos pré termos devam ter uma taxa de crescimento semelhante à dos fetos normais. No entanto, o déficit de crescimento é comum em pré-termos e está associado a fatores nutricionais e não nutricionais que podem levar a desfechos desfavoráveis para o neurodesenvolvimento. O objetivo deste trabalho foi identificar os fatores associados com a restrição de crescimento extrauterino de recém-nascidos pré-termos com idade gestacional inferior a 32 semanas, do nascimento até a alta hospitalar. Método: coorte de recém-nascidos pré-termos com menos de 32 semanas de idade gestacional que foram admitidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Os pré-termos foram avaliados ao nascimento, nas quatro primeiras semanas de vida e na alta hospitalar. A avaliação do crescimento foi realizada por meio de medidas antropométricas de peso, comprimento e perímetro cefálico durante a internação e na alta hospitalar. A avaliação da terapia nutricional foi realizada através da ingestão diária da nutrição parenteral e enteral durante as quatro primeiras semanas de vida. A ocorrência das morbidades neonatais, as variáveis perinatais e clínicas e as variáveis nutricionais foram comparadas entre os grupos com e sem RCEU (escore Z < -2) e com e sem insuficiência de crescimento (diferença entre o nascimento e a alta > 2 escores Z) para cada uma das medidas antropométricas. Resultados: Foram incluídos no estudo 104 recém-nascidos pré-termos. A incidência de restrição de crescimento extrauterino (RCEU) foi de 26% e de insuficiência de peso, comprimento e perímetro cefálico foi de 15,4%, 13,8% e de 10,5%, respectivamente. Todos os recém-nascidos PIG foram RCEU na alta hospitalar. No entanto quando a avaliação foi realizada longitudinalmente (> 2 escore Z) os PIG representavam somente 18,8% da população. Entre os fatores de risco para o desenvolvimento de RCEU encontramos o parto cesáreo, nascer PIG e a retinopatia da prematuridade (ROP). Os fatores associados com a insuficiência de peso foram idade gestacional do nascimento, gravidade da evolução neonatal e persistência do canal arterial (PCA). As variáveis nutricionais, como um menor tempo de início da dieta enteral, um menor tempo para alcançar a dieta plena enteral e um menor tempo de NPT, foram capazes de diminuir tanto a incidência de RCEU quanto de insuficiência de crescimento para peso, comprimento e perímetro cefálico. Uma melhor razão caloria/proteína resultou em efeitos positivos no crescimento para todos os desfechos avaliados, especialmente para o crescimento do perímetro cefálico. Conclusão: Baseado nesses resultados sugerimos o uso da definição longitudinal na prática clínica para realizar a avaliação do crescimento de recém-nascidos pré-termos com menos de 32 semanas de idade gestacional, pois se mostrou mais associada aos recém-nascidos com maior gravidade, refletindo o impacto específico do crescimento pós-natal, independentemente do peso de nascimento. A nutrição adequada nos primeiros 28 dias tem um papel essencial, sendo observada a associação do aporte nutricional nas primeiras semanas não só em relação ao ganho de peso mais também com o ganho de comprimento e do perímetro cefálico avaliados na alta hospitalar desses recém nascidos. |