Fatores associados à amamentação exclusiva de recém-nascidos de baixo peso ao nascer integrantes do Método Mãe-Canguru

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Sanches, Maria Teresa Cera
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-28042021-123815/
Resumo: Objetivo: Considerando que os fatores que contribuem para a interrupção da amamentação exclusiva são resultantes de condições sociais, psicológicas, culturais e individuais das mães/recém-nascidos de baixo peso (RNBP), .como também das rotinas hospitalares e da atuação da equipe de saúde, realizou-se um estudo que teve como objetivo identificar fatores socioeconômicos, maternos, neonatais e do funcionamento motor-oral associados à interrupção da amamentação exclusiva até os três meses de vida de recém-nascidos de baixo peso ao nascer, assistidos no Método Mãe-Canguru (MM-C). Métodos: O estudo de coorte retrospectiva abrangeu 111 duplas de mães e RNBP assistidos no MM-C, no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, no período de 1998 a 2001. Os dados foram coletados de duas fontes: o prontuário dos RNBP, durante o seguimento realizado no Ambulatório de Baixo Peso e o prontuário médico hospitalar durante o período neonatal. Para a identificação dos fatores associados à interrupção da amamentação exclusiva até o 3° mês, utilizaram-se modelos de regressão logística múltipla hierarquizada. Resultados: Os fatores que se associaram com a interrupção da amamentação exclusiva dos RNBP, na fase hospitalar, foram: realizar o Método Canguru integral após 15 dias de vida [OR= 12; (IC95%: 1,62 - 89, 79)] e ter diagnóstico de pega inadequada no início da amamentação [OR= 12; (IC95%: 1,07 - 143,59)]. Na fase ambulatorial identificou-se: a queixa da mãe na amamentação [OR= 11; (IC95%: 1,80 - 64,75)) e o uso da chupeta no segundo mês de vida [OR=14; (IC95%: 1,37 - 147,19)). Conclusão: O uso do MM-C integral mais precoce no hospital favorece a proximidade entre a família e o seu RNBP e prematuro, que, mais confiantes e sujeitos atuantes do processo, praticam por mais tempo a amamentação exclusiva. É importante uma avaliação detalhada da mamada para identificação e correção precoce dos problemas de pega dos RNBP, a fim de minimizar possíveis dificuldades na amamentação. No período do seguimento ambulatorial o acolhimento e escuta das mães é imprescindível, como também maior atenção aos RNBP que usam chupeta.