Análise sísmica de cold seeps como zonas de prospecção na porção offshore da Bacia de Barreirinhas, Margem Equatorial Brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Delabrida, Guilherme Martins
Orientador(a): Gomes, Moab Praxedes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51374
Resumo: A margem equatorial brasileira (MEB) é um segmento oblíquo-transformante com equivalentes geológicos no Golfo da Guiné, África Ocidental. Ambas as margens são oriundas da separação da Pangéia e consequente abertura do Oceano Atlântico Equatorial. Essas áreas têm sido estudadas como novas fronteiras exploratórias pela descoberta de sistemas petrolíferos em águas profundas e ultra-profundas. A Bacia de Barreirinhas, localizada na porção central da MEB, tem equivalentes geológicos com as bacias produtoras de oléo e gás da Costa do Marfim e Tano. Apesar disso, ainda não foram identificadas reservas relevantes na Bacia de Barreirinhas, ainda mais por ser pobremente estudadas em respeito aos sistemas petrolíferos. Este presente estudo visa identificar cold seeps em estratos rasos e associadas à migração de hidrocarbonetos, indicando possíveis acumulações de hidrocarbonetos ao longo da porção imersa da Bacia de Barreirinhas. A investigação foi feita através de sísmica de reflexão convencional 2D em migração temporal pós-empilhamento, com uso adicional de atributos sísmicos. Os resultados do estudo compreendem a identificação de cold seeps associados à migração de hidrocarbonetos, incluindo falhas com escape de fluidos, chaminés de gás, pockmarks, hydrocarbon-derived diagenetic zone (HRDZ), bottom simulating reflectors (BSR) e mounds de águas profundas. Estruturas regionais morfológicas e estratigráficas compreendem as zonas de ocorrências de cold seeps. No talude continental inferior e elevação continental do setor leste, falhas normais regionais controlam a formação de cold seeps. No setor central ao setentrional da elevação continental e planície abissal, diversos mounds de águas profundas são abastecidos por chaminés de gás e falhas. Sistemas de células gravitacionais são dominados por falhas normais e estruturas em flor negativa que produzem cold seeps nas regiões proximais, definindo o domínio extensional. Esses controles estruturais são relacionados ao domínio compressional da porção distal, onde as zonas de descolamento e séries de falhas e dobras são correlacionadas à pockmarks e mounds de águas profundas. Próximo ao domínio compressional ocidental, intrusões ígneas controlam o desenvolvimento de falhas carreadoras de fluidos, chaminés de gás, bright spots e pockmarks. Essas estruturas derivadas de hidrocarbonetos indicam potenciais sistemas petrolíferos em sequências tectono-sedimentares do Albiano ao Turoniano-Oligoceno no setor central da MEB. No entanto, técnicas mais refinadas são necessárias para confirmar a presença de ativa percolação e/ou acumulação de hidrocarbonetos. Assim sendo, a Bacia de Barreirinhas pode constituir um campo vasto para a indústria do petróleo e para pesquisa científica, esta especialmente focando na natureza dos mounds de águas profundas, dotados de grande potencial para a geobiologia