Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Dutra, Isadora |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/34483
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Resumo: |
Na Bacia de Santos, uma espessa sequência salífera proporciona eficazes rotas de migração de fluidos para a coluna d’água. Reservatórios de hidrocarbonetos sub- e supra-sal são afetados pela geometria dessa sequência e podem contribuir como potenciais fontes de fluidos. Dada as eventuais conexões entre esses elementos, este trabalho consistiu em definir os potenciais locais de escape de fluidos no fundo do mar e as estruturas em profundidade controladoras de uma porção da Bacia de Santos. A partir da análise integrada de dados sísmicos 3D e métodos de mapeamento GIS semi-automáticos, 672 depressões interpretadas como pockmarks foram delimitadas para a área de estudo. Informações estatísticas sobre a orientação e distribuição espacial de pockmarks em relação ao horizonte do topo do sal constataram que as depressões se concentram majoritariamente acima de diápiros de sal e seguem as direções de falhas associadas à deformação do sal. No depocentro de minibacias, anomalias de amplitude sotopostas a pockmarks indicaram bolsões de gás que parecem sujeitos ao posicionamento de falhas profundas. Nossas observações revelam que a migração dos fluidos acontece de forma canalizada através de unidades estratigráficas, diápiros de sal, chaminés sísmicas e, principalmente, de falhas induzidas pelo sal. A análise morfométrica identificou diversos pockmarks alongados que variam entre centenas a milhares de metros de comprimento. O contínuo escape dos fluidos através das falhas alongou os diâmetros das depressões na extensão das falhas. As estruturas de colapso resultantes desse processo delimitam mega-pockmarks. Além do controle estrutural, a morfologia dos pockmark também é afetada por correntes de fundo e deslizamentos das bordas. Enquanto o papel das falhas prevaleceu na gênese e extensão dos pockmarks, as correntes de fundo contribuíram na erosão e retrabalhamento dos sedimentos. O papel de correntes de fundo é evidenciado por depósitos montiformes nos flancos de alguns pockmarks e erosão acentuada de sequências soerguidas. O afinamento da camada de sal e indícios de um sistema de migração profundo refletem sobre uma possível contribuição de hidrocarbonetos do pré-sal na alimentação de pockmarks. |