O uso concordado do verbo haber impessoal em Santiago do Chile: um estudo sociolinguístico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Moraes, Suyanne Pereira de
Orientador(a): Pereira, Shirley de Sousa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25272
Resumo: Tendo em vista a heterogeneidade das línguas e os diversos fenômenos que podem se apresentar devido a sua constante mutabilidade, esta pesquisa quali-quantitativa propõe-se a investigar uma variável dependente que vem ganhando espaço nos estudos sociolinguísticos na língua espanhola: a ocorrência do uso concordado do verbo haber impessoal, neste caso, em falantes de Santiago do Chile. Pretendemos descrever e analisar as variáveis independentes que influenciam na escolha entre as variantes (singular e plural) desse fenômeno. Para isso, nos basearemos nos pressupostos da Teoria da Variação e Mudança Linguística, pois a partir dela é possível realizar uma análise complexa do funcionamento das línguas, sendo elas consideradas em seu contexto real de uso pelos falantes, tanto no que diz respeito a fatores linguísticos quanto a extralinguísticos. Assim, esta pesquisa se insere nos fundamentos da teoria da Sociolinguística, em especial nos estudos de autores como Weinreich, Labov e Herzog (2006) e Tagliamonte (2006). Também contribuem para este trabalho os estudos já realizados sobre essa temática por autores hispânicos, como Ruiz (2004) da Venezuela, Rivas e Brown (2012) de Porto Rico, e De Mello (1991), sobre onze capitais de países falantes de espanhol. Para a conformação do corpus de análise, foram utilizadas 72 entrevistas sociolinguísticas pertencentes ao corpus PRESEEA – Proyecto para el Estudio Sociolingüístico del Español de España y de América. Os condicionadores levados em consideração são linguísticos a) os tempos verbais, b) posição do sintagma nominal; e c) forma nominal do verbo, e também extralinguísticos: a) gênero; b) idade; e c) nível socioeconômico. Os resultados obtidos apontam para uma tendência de variação em faixas etárias mais avançadas, isto é, os grupos de idade 2 (35 a 54 anos) e 3 (55 anos acima) são os que mais utilizam o plural em detrimento da variante normativa. Além disso, observamos o favorecimento à pluralização no nível socioeconômico baixo, quando o verbo está conjugado no Pretérito Imperfeito, no Pretérito Perfeito Composto e no Futuro e quando o sintagma nominal está anteposto verbo. Dessa forma, podemos observar uma tendência à variação nas entrevistas analisadas.