Ensino de literatura e a assunção da coautoria por aprendizes do ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Gleidson Felipe Justino da
Orientador(a): Freitas, Alessandra Cardozo de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45780
Resumo: Nesse estudo focalizamos a coautoria na leitura de literatura no Ensino Fundamental. Pressupomos que a coautoria potencializa a atitude responsiva do leitor no preenchimento de vazios, explorando a estrutura textual de modo inferencial. Nesse sentido, objetivamos evidenciar o processo de coautoria de crianças dos anos iniciais do ensino fundamental ao texto literário. Especificamente, buscamos evidenciar de que modo se efetiva a participação leitora a partir da ação produtiva face à leitura literária; apreender os modos de identificação estética e posicionamento do leitor iniciante mediante sua contribuição à obra literária; e analisar como o leitor dá prosseguimento ao texto literário a partir do preenchimento dos vazios ficcionais. Nosso estudo é de natureza qualitativa com a prática de intervenção. Foi desenvolvido em uma escola pública estadual de Natal/RN-Brasil, tendo como sujeitos crianças de uma turma de 5° ano do Ensino Fundamental, com idades entre 10 e 12 anos. Elegemos como referencial teórico os estudos de Amarilha (2012; 2013), Bakhtin (2011), Benjamin (1994), Culler (1999), Eco (1994; 2011), Jauss (1992; 1994; 2002), Iser (1996; 1999), Vigotsky (1998), Zilberman (1989) e Yunes (1995). O trabalho de campo abrangeu cinco sessões de leitura e de releitura de contos, estruturadas conforme a metodologia da andaimagem (GRAVES & GRAVES, 1995), que compreende as etapas de pré-leitura, leitura e pós-leitura. Nosso corpus é constituído pelas produções de desfechos elaborados pelos aprendizes em colaboração ao texto literário, tendo a análise de conteúdo como perspectiva de leitura de dados por meio da abordagem inferencial (BARDIN, 2011). Concluímos que a condição de coautor(a) é assumida pelos aprendizes por meio do preenchimento de vazios ficcionais e das contribuições inferenciais influenciadas pelas modalidades de identificação provocadas pelos textos.