Leitura inferencial: trabalhando com textos narrativos e mediados pela imagem no 2º ano do Ensino Fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: MORAES, Dione Alves de lattes
Orientador(a): FAIRCHILD, Thomas Massao lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Instituto de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8168
Resumo: Esta dissertação apresenta a pesquisa que desenvolvemos com alunos do 2º ano do Ensino Fundamental da Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará (UFPA), no período de abril de 2013 a fevereiro de 2014, e trata da leitura de crianças que já estão inseridas na escrita alfabética. Com esta pesquisa, buscamos discutir como a imagem e as narrativas lúdicas podem provocar a leitura em um nível inferencial, promovendo avanços nas habilidades de alunos que já são considerados “leitores” por estarem alfabetizados, mas apresentam comportamentos e desempenhos variados quando lidam com textos escritos. Para isso, fundamentamo-nos teoricamente em estudiosos como Lacan (1987), Lacan (1998), Belintane (2013), Riolfi e Magalhães (2008), Fairchild (2012), Pastorello (2010), entre outros. Desenvolvemos uma pesquisa qualitativo-interpretativa, que se configura como uma pesquisa-ação. Nossa intervenção em sala de aula consistiu em produção de atividades com textos lúdicos, trabalho em conjunto com a professora da sala base e atendimentos individualizados com as crianças (especialmente com três alunos cujos dados analisamos de forma mais detalhada). Para trabalharmos a heterogeneidade inerente em sala de aula de forma sistemática, fizemos - juntamente com os integrantes do projeto “Desafios” - reagrupamentos semanais com os alunos que estavam inseridos no projeto e apresentavam perfis semelhantes. Assim, pudemos produzir atividades mais voltadas para as habilidades mostradas daqueles alunos considerados leitores que foram inseridos no denominado Grupo 4 (que objetivava trabalhar a leitura silenciosa e compreensão de textos extensos) – posteriormente reconfigurado como Grupo 5 (que visava trabalhar a leitura inferencial). Os resultados demonstraram que a partir de um trabalho mais sistemático utilizando textos com imagem e narrativas, conseguimos auxiliar numa mudança de suas posições subjetivas frente aos textos escritos, ou seja, fazer com que apresentassem avanços em sua leitura e na compreensão inferencial. Com essa pesquisa, chegamos a quatro apontamentos principais. O primeiro diz respeito às discussões coletivas em que a fala do professor precisa ser clara quando o interesse for o texto trabalhado. O segundo, que é preciso trabalhar de formas específicas textos diferentes (curtos e densos ou extensos e mais explícitos), pois exigem habilidades diversas. O terceiro refere-se à necessidade de identificar e trabalhar a oralidade cotidiana do aluno para que seja mais claro em suas explicações. E o quarto aborda sobre o que significa dizer que um aluno alfabetizado “sabe ler”, pois entendemos que signifique decodificar, mas também compreender, produzir inferências e produzir considerações novas.