Disputas em torno da Ritalina: uma análise sobre diferentes possibilidades de um fármaco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Maia, Igor Fidelis
Orientador(a): Bento, Berenice Alves de Melo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24429
Resumo: Esta dissertação apresenta uma pesquisa histórica e sociológica sobre a capacidade da Ritalina de produzir normalização social. Para tanto, foi feita uma análise da trajetória dessa droga, de discursos proferidos publicamente pelos seus usuários e uma autorreflexão ancorada nos efeitos objetivos da Ritalina no corpo do pesquisador. Há um confrontamento entre o discurso largamente difundido de que esse fármaco produz obediência às normas sociais, e o material empírico que tive contato ao longo da pesquisa. Esse psicofármaco de efeito estimulante é uma das drogas mais consumidas no mundo e também uma das que reúnem o maior número de críticas e controvérsias. Denominado popularmente como a pílula da obediência, está associado diretamente à medicalização de crianças em ambiente escolar e já foi acusado de poder produzir um genocídio do futuro. São diferenciados aqui dois usos dessa droga: o das pessoas que possuem o diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), e aquele dos que utilizam Ritalina como um ―aprimorador cognitivo‖ que maximiza a concentração em atividades de estudo. A partir de uma investigação com base na história desse fármaco, nas declarações de seus usuários em dois endereços eletrônicos, e na experiência do pesquisador, evidenciou-se uma rede de relações heterogêneas que envolvem o consumo de Ritalina e que insistentemente têm sido caracterizadas como normalizadas ou obedientes.