Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Costa, Haline Tereza Matias de Lima |
Orientador(a): |
Oliveira, Antonio Manuel Gouveia de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24040
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Diversos estudos têm mostrado que um número significativo de medicamentos prescritos a pacientes pediátricos são off-label ou não licenciados, mas existe pouca informação sobre o uso destes medicamentos em unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN), assim como estudos sobre fatores de risco para potenciais interações medicamento-medicamento (IMM). OBJETIVO: Identificar a prescrição de medicamentos off-label e não licenciados utilizados em recém-nascidos (RN) hospitalizados em UTIN, além de avaliar frequência de IMM e seus fatores de risco. METODOLOGIA: Coorte prospectiva, no qual foram incluídos neonatos admitidos consecutivamente na UTIN da Maternidade Escola Januário Cicco com pelo menos um medicamento prescrito e tempo de internação superior a 24 horas. Dados clínicos e farmacoterapêuticos dos neonatos foram coletados durante toda a internação, sendo a classificação dos medicamentos em off-label e não licenciados realizada de acordo com critérios da Food and Drug Administration através da base DrugDex-Micromedex®, a qual também foi utilizada na classificação das IMM, cujos fatores de risco foram identificados por regressão logística. RESULTADOS: Entre agosto de 2015 e agosto de 2016 foram analisados 17421 itens medicamentosos em 3935 prescrições de 220 neonatos, dos quais 96,4% foram expostos a medicamentos off-label e 66,8% a não licenciados. Mais de 70% dos prematuros e RN com menos de 2000g foram submetidos à farmacoterapia com medicamentos off-label e mais de 50% aos não licenciados. Os anti-infecciosos para uso sistêmico foram o grupo farmacológico mais prescrito de forma off-label,sendo o fentanil (n=1358) e a gentamicina (n= 1197) os medicamentos com maior prevalência de uso off-label para RN. A cafeína (n=1226) foi o medicamento não licenciado mais prescrito, seguido pelos agentes cardiovasculares (n=648) modificados pela enfermagem. Em 42,3% (n= 1665) das prescrições foram detectadas IMM, cujos fatores de risco para IMM importantes foram o número de medicamentos (OR 1,60, p<0,001), parto cesáreo (OR 2,68, p=0,06) e idade gestacional (OR 1,03, p= 0,002). CONCLUSÕES: RN em terapia intensiva é submetido à alta taxa de prescrição e exposição a medicamentos off-label e não licenciados, sendo os mais frequentes os anti-infecciosos de uso sistêmico e os medicamentos atuantes no sistema nervoso, e também uma elevada incidência de IMM, consistindo o número de medicamentos prescritos, parto cesáreo e a idade gestacional os principais fatores de risco para IMM. |